A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) paranaenses se manteve estável em setembro, após sucessivas quedas desde o início do ano. Com 98,7 pontos, o indicador aferido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), ficou novamente abaixo dos 100 pontos, indicando a insatisfação dos consumidores.
Os pontos de maior preocupação dos paranaenses são a segurança em relação ao emprego, que caiu 2,4% na variação mensal, e a perspectiva profissional, que baixou 3,1%, especialmente entre as famílias de menor poder aquisitivo. Na faixa de renda até dez salários mínimos a situação laboral atual reduziu 3% de agosto para setembro e a perspectiva de melhora salarial diminuiu 4,1%. Esse perfil de consumidor avalia que sua renda atual está 0,8% menor em relação a agosto. Já entre as famílias de renda alta, os aspectos relacionados ao emprego cresceram 0,4% e a perceptiva profissional aumentou 0,6%, bem como a renda atual, que teve acréscimo de 2,9% na variação mensal.
Marcando 111,6 pontos, o nível de consumo atual cresceu 1,8% na comparação com agosto, e também em ambas as faixas de rendimentos, sendo que entre as famílias com renda até dez salários mínimos houve aumento de 1,5% e entre as famílias com renda acima deste patamar a alta foi de 3,2%.
Os demais componentes da ICF também tiveram elevação de agosto para setembro, mas as pontuações ainda estão abaixo do balizador de 100 pontos: o acesso ao crédito marca 83,1 pontos e teve crescimento de 2,9% e a perspectiva de consumo registra 76,6 pontos, com alta de 1%. Mesmo com majoração de 2,7%, o fator momento para duráveis possui a menor pontuação entre os subindicadores da pesquisa, com 53,5 pontos. Segundo 69,3% dos paranaenses este é um mau momento para a compra de bens duráveis, tais como eletrodomésticos, TV, som, etc.
A média nacional do indicador ficou estável, com 102,6 pontos, mantendo-se acima dos 100 pontos pelo segundo mês consecutivo. O Paraná está na 15ª posição no ranking da ICF, mas desde agosto está abaixo da média nacional.