REINALDO SILVA
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O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Anatalicio Risden Junior, assinam nesta segunda-feira (30) o convênio que garante o início do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea) para a construção da ponte ligando Paraná e Mato Grosso do Sul. A cerimônia, inicialmente marcada para São Pedro do Paraná, foi transferida para o Palácio Iguaçu, em Curitiba, às 14h, conforme convite enviado na tarde de ontem (27).
A previsão é que o Evtea se estenda pelo prazo de 18 a 24 meses e custe aproximadamente R$ 3 milhões. O dinheiro será liberado pela hidrelétrica, como contrapartida pela exploração dos recursos naturais. Caberá ao Governo do Estado fazer o levantamento de dados.
Confirmada a viabilidade, serão mais dois a três anos para a execução das obras sobre o Rio Paraná. A construção da ponte facilitará o escoamento da produção agrícola dos estados do Centro-Oeste até o Porto de Paranaguá. Atualmente, o é preciso entrar no território paulista e cruzar duas barragens hidrelétricas, em Rosana e Primavera. O novo caminho reduzirá a distância em 130 quilômetros.
Entusiasta do projeto, o presidente da Sociedade Civil Organizada do Paraná (Socipar), Demerval Silvestre, avaliou: “A construção da ponte vai trazer novo alento para o setor produtivo”. Além de alavancar o agronegócio, a interligação pelo Rio Paraná incentivará o turismo, por facilitar o acesso de visitantes sul-mato-grossenses aos municípios da região.
Grandes empresas dos dois segmentos, agronegócio e turismo, já teriam manifestado interesse em se instalar ao longo do novo trajeto. “Se confirmada, a chegada desses empreendimentos significará geração de emprego e renda e fortalecimento da economia”, disse Silvestre.
Ao longo dos últimos anos, a Socipar tem mobilizado lideranças do Paraná e de Mato Grosso do Sul em busca de apoio político para viabilizar a construção da ponte. Por diversas vezes, o governador Reinaldo Azambuja se pronunciou a favor das obras, por isso, a expectativa é que ele participe da solenidade de segunda-feira. A deputada federal Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura, também deverá prestigiar o evento.
Duplicação da BR-376 – A assinatura do contrato para o início do Evtea reacende a esperança de duplicação da rodovia BR-376, desde Paranavaí até a divisa com Mato Grosso do Sul. Com a ponte em pleno funcionamento, o fluxo de veículos chegando ao lado paranaense da divisa será cada vez maior, tornando necessária a ampliação da pista.
Recentemente, a Socipar contratou uma empresa para fazer a contagem de tráfego no trecho entre Paranavaí e Nova Londrina. A pesquisa se estendeu de 20 a 26 de fevereiro e revelou que o fluxo diário é de aproximadamente 23.400 eixos, chegando ao máximo de 26 mil em um único dia. O levantamento anterior, de 2010, apontava média de 10.770.
A atualização dos números tem servido como argumento para a Socipar reivindicar junto aos governos estadual e federal a liberação de recursos para a duplicação da BR-376. Nas palavras de Demerval Silvestre, obra é necessária e urgente.
Foto: Arquivo DN
Foto: Arquivo DN
