“A seleção brasileira é diferente, claro que é uma ambição, não nego, mas será difícil. No Brasil, dificilmente um treinador estrangeiro entra na seleção”
DA UOL/FOLHAPRESS
O treinador português Jorge Jesus, que está no Al Hilal, disse mais uma vez que tem a ambição de assumir o comando da seleção brasileira.
Jorge Jesus voltou a falar sobre treinar o Brasil: “É uma ambição, não nego”. O técnico de 70 anos deu a declaração em entrevista ao jornal A Bola, de Portugal. Em 2022, antes da Copa do Qatar, ele já havia dito que aceitaria um convite da CBF.
Ele opinou que é difícil que a seleção seja comandada por um estrangeiro, mas se credenciou: “Penso que serei aquele mais perto”. Jorge Jesus citou o apoio que tem da torcida do Flamengo pelos títulos conquistados quando esteve à frente do clube carioca.
“A seleção brasileira é diferente, claro que é uma ambição, não nego, mas será difícil. No Brasil, dificilmente um treinador estrangeiro entra na seleção do Brasil. Acho eu. Pode ser que mude, mas dificilmente acontecerá”, disse ao A Bola.
“Eles não estão muito afim que um treinador estrangeiro, seja quem for, treine a seleção do Brasil. Se for um estrangeiro, penso que serei aquele que poderei estar mais perto. Porque só torcedores do Flamengo são 50 milhões. Mas, não quero fazer um cenário com aquilo que possa acontecer na minha carreira. Porque foi sempre assim que eu pautei a minha carreira: o futebol é dia-a-dia.”
Jesus retornou ao Al Hilal no ano passado e foi multicampeão. Mesmo com Neymar machucado, a equipe registrou 36 vitórias consecutivas na última temporada, a maior série da história.
O tempo de contrato do português com o clube saudita não foi revelado, mas ele disse que só assina por um ano. “No futebol não faço muitos projetos, por isso é que eu só assino contratos de um ano em todos os clubes. Este clube queria que eu assinasse por três, depois por dois e eu disse que não quero. Só quero um ano porque o futebol é momento”, ponderou.
Ele também afirmou que só aceita projetos “que ganhem títulos”. “Eu só gosto de trabalhar em clubes que ganhem títulos. Por exemplo, eu nunca fui para a Inglaterra treinar, não porque não tivesse convites, mas nunca tive foi um convite dos top 5”, finalizou o treinador.