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Lei que permite acompanhamento de doulas em hospitais de Paranavaí será sancionada na quarta-feira

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

Se pudesse voltar no tempo e contratar uma doula para acompanhar o nascimento de seus filhos, você faria? A resposta de Fernanda Zanatta é direta: “Certamente”. Ela é autora do projeto de lei que dispõe sobre a presença de doulas durante o trabalho de parto, o nascimento e o período seguinte em hospitais de Paranavaí. O projeto foi aprovado em segunda discussão e deverá ser sancionado pelo prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes (KIQ) na quarta-feira (14).

“Queria que o meu primeiro projeto de lei fosse com muito amor, e acho que escolhi com muita maestria encabeçar esse projeto e representar essas mães. Se existe mais amor na vida de uma mulher do que na hora do parto, desconheço. Poder proporcionar isso… Não tem palavras que possam descrever”, declarou a vereadora. Em entrevista ao Diário do Noroeste, falou sobre a importância das doulas e as motivações para fazer a proposição.

Tudo começou quando uma amiga contou que precisou ir para outra cidade fazer o parto do filho, porque em Paranavaí a presença da doula no hospital não era permitida. “Fiquei indignada. Como pode uma mulher não ter, ao lado dela, uma pessoa que escolhe para o momento mais importante da vida, ser mãe?”. Fez pesquisas para se aprofundar sobre o assunto e conhecer mais de perto a profissão.

Encontrou 27 profissionais em Paranavaí, todas com o mesmo relato: as mulheres que contrataram doulas precisaram ir para outras cidades fazer o parto. Percebeu a necessidade de interferir e propor a mudança. Deu certo.

Reconhecimento – O resultado é motivo de satisfação para Tainara Andrade, formada há sete anos. Já acompanhou aproximadamente 25 partos e garantiu: “É muito importante a gestante ter o direito de ter ao seu lado, alguém especializado pra ajudá-la a ter mais tranquilidade e segurança”. Ela afirmou que ainda há muita resistência quanto à presença das doulas, mas se trata de fruto da desinformação. “Não estamos disputando nada com os médicos, nosso intuito é proporcionar pra mulher uma melhor experiência de parto. Estamos para somar com a equipe técnica.”

A doula explicou que o trabalho inclui as três fases do ciclo de gravidez: pré-parto, nascimento e pós-parto. Na primeira etapa, a gestação, existe um preparo para saber o que pode vir acontecer. O que é esperado, o que não é e posições que podem ajudar no trabalho de parto, exemplificou. Depois, “acompanhamos todo o trabalho de parto até o nascimento, buscando ajudar a mulher no alívio da dor com medidas não farmacológicas, massagens e outras técnicas. Principalmente, estamos ali pra incentivar, dar força e apoio emocional”. Por fim, suporte no processo de amamentação e nos cuidados com o recém-nascido.

Tainara Andrade declarou: “Ter uma doula, vai muito além do trabalho de parto. É todo um preparo pra lidar com o nascimento e com o novo ser que irá chegar. Cada parto é único, então a mulher tem que ser tratada com carinho, tem que se sentir acolhida para ter uma experiência positiva. E o bebê só nasce uma vez, então é muito importante [ter] um ambiente tranquilo para vir ao mundo”.

Tainara Andrade: “É todo um preparo pra lidar com o nascimento e com o novo ser que irá chegar”

Foto: Arquivo pessoal

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