Quando tiver asas…
Voarei até aos oceanos,
Assentar-me-ei nas areias das praias;
Farei castelos…
Que serão desmanchados!
Pelas belas e refrescantes ondas.
Meditarei na Yara…
Então chorarei uma gota de lágrima;
Para acrescentar-se com a imensidão salgada!
Quando tiver asas…
Visitarei todas as florestas,
Sentar-me-ei à frente delas;
Escutarei o “choro” dos pássaros…
O “lamentar” dos bichos!
Verei o sangue verde, derramado sobre a terra.
E chorarei uma lágrima;
Para regar ao menos uma folha!
Quando tiver asas…
Sobrevoarei os desertos,
Verei os escorpiões e os camelos;
Lutando pela sobrevivência…
A procura de um oásis!
Lá também terei lágrimas.
Mas secarão com rapidez;
No calor que vai até a alma!
Quando tiver asas…
Ah! Quando tiver asas,
Irei até a Antártida;
Chorar gelado juntamente com as focas…
Leões marinhos e pássaros do gelo!
E com o peito aberto.
Numa montanha gelada;
Botarei fogo pela boca no mundo!
Quando tiver asas…
Voarei livre pelo espaço infinito,
E tudo que puder guardar;
Adicionarei ao coração…
Ai terei muitas lágrimas!
Que nunca descerão.
Simplesmente subirão aos céus;
Apresentar-se em queixas diante de Deus!!