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POLÍCIA CIVIL

Mais da metade dos casos de estelionato não é solucionada, diz delegado-chefe

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

Mais de 50% dos casos de estelionato terminam sem solução. A constatação do delegado-chefe da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí (8ª SDP), Luiz Carlos Mânica, leva em conta as dificuldades para encontrar os fraudadores, especialmente os que utilizam as plataformas digitais para as práticas criminosas.

As modalidades de delitos se ramificam à medida que os estelionatários têm acesso a novas tecnologias. Utilizam perfis faltos nos aplicativos de relacionamento, oferecem cupons de descontos em hotéis e restaurantes, enviam endereços eletrônicos para a captura de informações pessoais, simulam sequestros, se passam por funcionários de agências bancárias. Mentem, extorquem, recebem dinheiro e desaparecem.

De acordo com o artigo 171 do Código Penal, a punição para fraudes eletrônicas é de reclusão por quatro a oito anos e multa. O texto cita a utilização de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido ao erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento.

O período de prisão pode até dobrar quando o crime é cometido contra idosos ou pessoas consideradas vulneráveis.

Normalmente, o processo judicial se estende por três ou quatro anos e o acusado responde em liberdade. Prisões imediatas só acontecem quando existe flagrante, diz o delegado-chefe da 8ª SDP.

Um levantamento da Polícia Civil mostrou que de janeiro a maio deste ano, foram confeccionados 858 boletins de ocorrência relacionados a casos de estelionato. O número é referente a toda a área de atuação da 8ª SDP: Alto Paraná, Loanda, Nova Esperança, Paraíso do Norte, Paranacity, Paranavaí, Santa Isabel do Ivaí e Terra Rica. No mesmo período de 2021, foram feitos 768 registros. Em 2020, 309.

Dificuldades – Mânica explica que existem complicadores para localizar os fraudadores, sendo o principal a falta de identificação junto às empresas de telefonia. “As operadoras não são obrigadas a documentar os chips vendidos. É necessário que haja um controle rigoroso, com documentação e foto do comprador”, sugere.

Os preços baixos e a venda em diferentes pontos comerciais facilitam o acesso aos chips telefônicos. Sem qualquer tipo de controle, podem ser descartados após o uso para a aplicação dos golpes. “É muito difícil de rastrear”, lamenta o delegado-chefe.

Pessoas de 30 a 50 anos e idosos acima de 60 são maioria entre as vítimas de golpes pela internet.

O livro “É bom demais para ser verdade?”, de Alesandro Gonçalves Barreto e Natália Siqueira da Silva, aponta logo na introdução: “Fraudes são praticadas desde a antiguidade, sempre com o objetivo de tirar proveito dos desatentos ou daqueles que se acham mais espertos”.

O delegado-chefe da 8ª SDP orienta a desconfiar sempre que aparecerem números desconhecidos, links suspeitos e ofertas de ganhos financeiros fáceis. Às vezes, na busca por vantagens, o usuário das redes sociais pode cair em golpes e perder grandes quantias em dinheiro.

Estelionatários utilizam redes sociais para a prática de diferentes tipos de golpes
Foto: Reprodução/internet
Luiz Carlos Mânica aponta dificuldades para a identificação dos fraudadores
Foto: Ivan Fuquini

 

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