Mais de 12 mil doses de vacina contra Covid podem vencer até 30 de abril se não forem aplicadas

Para evitar a perda dos imunizantes, os municípios devem adotar estratégias de ampliação da cobertura vacinal, por exemplo, com ações distribuídas nos bairros

REINALDO SILVA

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A 14ª Regional de Saúde faz um alerta para os municípios do Noroeste do Paraná: 12.600 doses de vacina contra a Covid-19 podem vencer até 30 de abril se não forem aplicadas. Diversas recomendações foram enviadas às prefeituras, no sentido de garantir que façam o uso adequado dos imunizantes e ampliem a cobertura vacinal, principalmente com a segunda dose e o reforço.

É preciso ampliar o acesso da população de todas as idades, com ênfase nas crianças de 5 a 11 anos, implementando estratégias efetivas, como descentralizar os pontos de aplicação, manter horários estendidos de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), realizar busca ativa para identificar quem está com o esquema vacinal incompleto e promover ações de imunização nos bairros, em centros de idosos, igrejas e escolas.

Números da Regional de Saúde mostram que o percentual de pessoas vacinadas cai à medida que as etapas de imunização avançam. Na média dos 28 municípios do Noroeste do Paraná, 98% das pessoas receberam a primeira dose; 90,5% tiveram a segunda aplicação; e 84% receberam a dose de reforço.

A análise específica de cada município revela que em alguns casos a disparidade é ainda maior. Em Alto Paraná, 95% tiveram a primeira aplicação, 88,9% completaram o esquema vacinal e 61,4% receberam o reforço. Em Santa Mônica, os índices são de 87,3%, 80,4% e 41%.

Chefe regional de Vigilância Epidemiológica, Samira Silva, explica que cabe aos gestores a tarefa de definir estratégias para alcançar os não vacinados, conforme as especificidades do município.

Ela também chamou a atenção da população quanto à importância de se vacinar contra a Covid-19: a cada 27 pessoas internadas em virtude da doença, apenas uma completou o esquema de imunização; as outras 26 ou não receberam a segunda dose ou não tiveram o reforço.

Atualmente o número de internações é significativamente menor do que nos períodos mais críticos da pandemia. No final de junho de 2021, a Santa Casa de Paranavaí atingiu 100% de ocupação de leitos. Então, eram 30 vagas entre UTI e Enfermaria.

A queda gradativa de casos e, por consequência, de sintomas moderados e graves, amenizou a situação e foi possível inclusive desabilitar a Ala Covid da Santa Casa de Paranavaí, disponibilizando quartos isolados para pacientes suspeitos ou confirmados.

Os cálculos para saber a atual taxa de ocupação abrangem toda a macrorregião, incluindo Paranavaí, Maringá, Cianorte e Umuarama. O levantamento de dados de quinta-feira (24) indicava percentual abaixo de 30%, tanto para UTI quanto para Enfermaria.