REINALDO SILVA
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O avanço da vacinação contra a Covid-19 em todo o país está garantindo resultados positivos. “Estamos com queda tanto no número de casos confirmados quanto no de internamentos e de óbitos”, avalia a chefe de Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde, Samira Silva. Para dar uma ideia do cenário, ela cita que mais de 80% da população do Paraná com mais de 18 anos já recebeu pelo menos a primeira dose do imunizante.
Os dados da Santa Casa de Paranavaí, que atende pacientes de todo o Noroeste do Estado, comprovam a análise. De 1º a 30 de agosto, 26 pessoas que estavam internadas na Ala Covid-19 morreram, redução de 31% na comparação com o mês anterior, com 38 registros de óbitos. Antes, foram contabilizadas 71 mortes em junho e 71 em maio.
A taxa de ocupação de leitos também houve mudança. A partir de janeiro deste ano, o agravamento da pandemia de Covid-19 fez aumentar o fluxo de internações hospitalares, tornando frequente alcançar 100%, como no aconteceu no dia 29 de junho. Mas o índice tem caído gradativamente, à medida que mais pessoas são imunizadas. Ontem, eram apenas 38% das vagas de UTI, ou seja, nove pacientes.
Durante agosto, a Santa Casa já havia registrado números semelhantes aos divulgados ontem. Considerando somente os leitos de terapia intensiva, nos dias 10, 11, 16 e 20 eram sete pacientes internados. Nos dias 9, 13 e 17, oito internações em UTI. O maior índice do setor no mês foi 54% de ocupação, ou 13 pessoas, em 3 de agosto.
Variante delta – O quadro pandêmico é mais ameno do que o vivido ao longo do primeiro semestre de 2021, mas a circulação viral ainda não acabou e os registros de óbitos continuam, apesar da escala menor. No fim de semana, a Santa Casa de Paranavaí teve três mortes na Ala Covid: um homem de Loanda (56 anos) e duas mulheres de Paranavaí (49 e 21 anos).
Também levanta preocupação a variante delta do coronavírus. A mutação ainda não foi identificada em municípios da 14ª Regional de Saúde, mas já existem casos na macrorregião, que abrange Campo Mourão, Cianorte, Maringá e Umuarama. “Isso é um alerta para que continuemos nos cuidando”, enfatiza Samira Silva.
Ela explica que a pesquisa para identificar as variantes é feita pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) sempre que há sintomas atípicos ou quando a equipe de saúde observa que o quadro do paciente apresenta evolução relevante. Até o dia 25 de agosto, o Paraná possuía 59 diagnósticos positivos para a variante delta e 20 óbitos, além de 17 confirmações e um óbito provocados por sublinhagens.
Cuidados sanitários – As regras para reduzir os riscos de transmissão do coronavírus são as mesmas adotadas ao longo de toda a pandemia: usar máscara de proteção facial, higienizar as mãos com álcool em gel, manter o distanciamento de pelo menos 1,5 metro de outras pessoas e evitar aglomerações. Também há protocolos sanitários específicos para determinados tipos de atividades – em igrejas, ambientes de prática esportiva, estabelecimentos comerciais etc.