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NO CAMPO

Mandiocultores buscam alternativas para falta de mão de obra no campo

Com a mão de obra cada vez mais escassa no campo e a necessidade de garantir o crescimento da cadeia produtiva da mandioca, o setor vem buscando alternativas para enfrentar este cenário. Uma das apostas que vem dando resultado é a mecanização da colheita, responsável por um terço do custo de produção e onde se utiliza mais a minguada mão de obra.

“O maior gargalo hoje do setor, que impede o crescimento da cadeia, é a falta de mão de obra. São poucos trabalhadores no campo. E a mecanização da colheita de mandioca vem ao encontro dos anseios dos produtores”, diz o presidente do Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP), João Eduardo Pasquini.

Os fabricantes de equipamentos agrícolas perceberam esta necessidade e começaram a desenvolver novos protótipos. “Já temos uma operando, outra está em desenvolvimento em Palotina e há informações que uma indústria de São Paulo também está trabalhando numa colheitadeira de mandioca. A solução para o setor está chegando, reforça ele. “Temos que estimular estas indústrias”.

Mas a demora na liberação de financiamentos tem prejudicado o ritmo de expansão da colheita mecanizada de mandioca. Lançada no início do ano passado, pela indústria Inroda, a colheitadeira Maná tem agradado aos produtores, que, no entanto, encontram dificuldades na aquisição do equipamento.

Estimulada pelo sucesso do implemento, a indústria triplicou sua capacidade de produção, passando de uma para três máquinas por mês. Mas, atualmente a produção está paralisada.

A Inroda já entregou 12 colheitadeiras, especialmente no Paraná e São Paulo. E tem outras oito máquinas finalizadas, que já foram comercializadas e estão aguardando a liberação do financiamento para serem entregues. “Tiramos o pé do acelerador”, diz uma fonte da empresa.

As primeiras unidades foram comercializadas principalmente por donos de fecularias para colher a matéria-prima própria e de parceiros. “Talvez pelo custo da máquina e a falta de financiamento”, acrescenta a fonte. O preço de uma colheitadeira gira em torno de R$ 650 mil.

 

Do produtor – O presidente da Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (ABAM), Paulo Lopes, é dono de uma das colheitadeiras já entregues, mas defende que “a máquina é do produtor”. Ele acredita que num futuro próximo a maioria das colheitadeiras estará nas mãos de produtores. Na sua visão o processo de mecanização da colheita da mandioca “não tem mais volta”.

Lopes avalia que a implementação da colheita mecanizada de mandioca não será a curto prazo. “Não é só adquirir a máquina, muda o manejo da lavoura. A mandioca tem que ser plantada no distanciamento adequado, de maneira uniforme, a lavoura deve estar limpa e a poda para a colheita tem que ser feita na altura correta”, diz o presidente.

Segundo ele, além disso, é praxe haver uma demora do produtor aceitar a novidade. “Toda vez que tem uma pesquisa nova, uma nova tecnologia, o produtor espera outro começar para ver se funciona. Só depois ele faz a adesão”, explicou.

Mais uma máquina – No próximo ano poderá haver uma nova colheitadeira de mandioca no mercado. A Trevisan Equipamentos Agroindustriais, de Palotina, adquiriu a patente e o protótipo de uma nova colheitadeira. Este novo equipamento foi desenvolvido por um produtor rural de Atalaia.

“A máquina está funcionando. Mas é preciso torná-la mais robusta e eficiente”, diz Ademir Trevisan, que adquiriu os direitos de produzir a nova colheitadeira. Ele adianta que as modificações a serem implementadas e depois validadas vão até o ano que vem. O novo modelo terá a opção de jogar a mandioca colhida em bag ou num transbordo.

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