REINALDO SILVA
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Começou como protesto de caminhoneiros. Desde segunda-feira (31 de outubro), eles bloquearam pontos de rodovias estaduais e federais de todo o Brasil, a fim de manifestar apoio ao presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e questionar a lisura do processo eleitoral que garantiu a vitória, em segundo turno, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os protestos se adensaram e seguiram até a manhã de ontem (1º), quando o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o desbloqueio das vias. Em caso de negativa dos manifestantes, as forças de segurança teriam autonomia para fazer prisões.
O movimento com as cores verde e amarela chegou a Paranavaí. O acesso à pista principal da BR-376 permaneceu fechado, com tráfego liberado somente pela via marginal. Seguindo a decisão do STF, a Polícia Rodoviária Federal foi até os pontos de bloqueio e determinou a reabertura. Assim fizeram os manifestantes.
A essa altura, não eram mais os caminhoneiros, mas pessoas de diferentes segmentos (empresários, agricultores, líderes de movimentos conservadores e tantas outras designações). Concentraram-se na frente do Parque de Exposições Presidente Arthur da Costa e Silva desde a manhã de ontem e ali permaneceram pelo menos até o fim da tarde.
O Diário do Noroeste esteve no local e conversou com alguns manifestantes. Explicaram que o protesto seguirá até que haja uma solução para o problema: querem auditoria das urnas eletrônicas e uma nova eleição, então sem a participação de Lula, eleito com 50,90% dos votos válidos, ou seja, 60.345.999.
Desconfiados com a presença da equipe do DN, alguns tiraram fotos e quiseram se certificar de que estávamos ali para, de fato, fazer a cobertura da manifestação. Um participante fez questão de lembrar que Bolsonaro teve votação expressiva em Paranavaí e, portanto, grande parte dos leitores do DN defende ideologias de direita. Outra pessoa complementou: “Cuidado com o que vão publicar”.
Efeitos – O bloqueio temporário das rodovias teve efeitos negativos para o setor de vendas de combustíveis em Paranavaí. Na manhã de ontem, alguns postos da cidade anunciaram a falta de etanol, gasolina e óleo diesel. É que no dia anterior, preocupados com a possibilidade de um longo período de paralisação, mais motoristas abasteceram o veículo, desorganizando os estoques.
Pelo menos no período da manhã, não houve efeitos severos em supermercados da cidade, a quantidade de produtos permanecia regular, sem demanda excepcional.
