REINALDO SILVA
reinaldo@diariodonoroeste.com.br
Sem prazo para terminar o protesto, manifestantes continuam concentrados na frente do Parque de Exposições Presidente Arthur da Costa e Silva, em Paranavaí. Depois de três dias com grande número de pessoas, a quinta-feira começou com poucos participantes. Poucos, mas persistentes, garantiram.
A mobilização começou na segunda-feira (31 de outubro), com o bloqueio parcial da BR-376, próximo ao trevo de acesso a Paranavaí. Por determinação do Supremo Tribunal Federal (TSF), a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar orientaram pela reabertura da pista, sob risco de autuação e multa. Assim os manifestantes fizeram, liberaram o tráfego, mas mantiveram o protesto.
Não concordam com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito presidente da República para a gestão de 2023 a 2026. Ele teve maioria de votos no segundo turno, realizado domingo (30 de outubro), alcançando 50,90% contra 49,10% de Jair Messias Bolsonaro (PL). De acordo com a legislação eleitoral brasileira, vence o candidato que obtiver no mínimo 50% dos votos válidos mais um.
A avaliação de quem participa do protesto é que o sistema eleitoral brasileiro põe em dúvida a legitimidade do resultado alcançado por Lula. Há questionamentos sobre a participação do petista no pleito e a integridade das urnas eletrônicas. A realização de nova eleição é um pedido recorrente entre os manifestantes.
Segundo os manifestantes de Paranavaí, na noite de quarta-feira (2), pouco antes das 22h, ocupantes de três motocicletas que passaram pelo local onde o grupo estava reunido teriam efetuado disparos de arma de fogo. A Polícia Militar foi acionada e uma equipe se dirigiu até lá para verificar a situação. A PM informou que as pretensas vítimas não souberam relatar características das motos e dos envolvidos. Ninguém ficou ferido.