Recente aumento no número de casos da síndrome mão-pé-boca, doença que acomete crianças em idade escolar, principalmente os menores de 5 anos, tem acendido alerta entre pais e médicos pediatras. Apesar de não ser considerada grave, a condição causa desconfortos aos pequenos especialmente por causa do surgimento de feridas dolorosas.
A médica pediatra Agnes Andrade explica que essas lesões são a principal característica da síndrome e costumam aparecer nas mãos, nos pés e na boca da criança – por isso o nome da doença. Contudo, algumas bolhas podem surgir também nas nádegas e na região genital.
As feridas, segundo a médica, geralmente são dolorosas e, quando afetam a língua e a garganta, dificultam a alimentação da criança. Ainda é comum o surgimento de febre, mal-estar, diarreia, vômito e falta de apetite.
A síndrome mão-pé-boca é causada pelo vírus Coxsackie e considerada altamente contagiosa. Conforme a pediatra, a transmissão é oral e feita pelo contato direto entre as pessoas, com fezes, saliva e outras secreções da pessoa infectada ou por meio de alimentos e objetos contaminados.
“Mesmo depois de recuperada, a criança ainda pode transmitir o vírus pelas fezes e por isso os surtos da doença são tão comuns. O ideal é que as crianças doentes não sejam encaminhadas à escola”, recomenda Agnes.
O tratamento da doença se baseia no controle dos sintomas, que costumam melhorar entre sete e 10 dias. A pediatra ressalta a importância de garantir o repouso e a hidratação da criança. Algumas semanas depois da recuperação total, também é comum acontecer a queda das unhas.
Ao sinal de qualquer sintoma, a orientação é procurar um médico especialista para obter o diagnóstico correto.
SERVIÇO
Agnes Andrade – Médica pediatra (CRM 42.960 // RQE 31.841)
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