Na busca das companhias brasileiras por recursos financeiros em setembro, os médios negócios foram os que mais se destacaram, com aumento de 7,4% em comparação com o mesmo período de 2023. Os dados do Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian, a primeira e maior datatech do Brasil, também revelaram crescimento de 3,6% na necessidade de capital das grandes companhias, enquanto as micro e pequenas empresas registraram queda de 4,5%. Esses fatores contribuíram para uma redução geral de 4,2% na requisição dos recursos no país.
“O crescimento da demanda por crédito entre as médias e grandes empresas, mesmo em um cenário de juros altos, pode ser explicado por sua maior capacidade de adaptação, necessidade de capital para expansão, e maior facilidade de acesso a crédito em relação às pequenas empresas. Enquanto as grandes corporações possuem outras formas de captação, as pequenas dependem mais dos bancos, e embora haja custo elevado, precisam de recursos para investir e crescer. Além disso, sua gestão financeira mais estruturada permite uma tomada de decisões mais calculada sobre o endividamento”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Em setembro, todos os setores apresentaram queda na procura por recursos financeiros. A categoria “Demais”, que contempla empresas do segmento “Primário”, “Financeiro” e do “Terceiro Setor”, registrou recuo de 5,3%, seguida por “Serviços” (-5,0%), “Indústria” (-4,4%) e “Comércio” (-3,1%).
Do total das 27 Unidades Federativas (UFs), 16 apresentaram crescimento na busca por crédito no período de setembro, com destaque para o Amazonas (8,8%), Maranhão (8,7%) e Tocantins (6,7%). Nas últimas posições ficaram São Paulo (-7,3%), Rio Grande do Sul (-10,3%) e Rio de Janeiro (-19,0%).
METODOLOGIA DO INDICADOR – O Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito é construído a partir de uma amostra significativa de CPFs, consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian. A quantidade de CPFs consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre os consumidores e instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras, é transformada em número índice (média de 2008 = 100). O indicador é segmentado por região geográfica e por classe de rendimento mensal.
“Serasa Ponto a Ponto” explica faixas de pontuação
Muitos donos de negócios, interessados em melhorar a situação financeira de suas empresas, podem se perguntar: como o Score PJ funciona? Como consultar essa pontuação para companhias? Dá para ter uma nota maior? Como cuidar melhor da saúde do negócio? Para ajudar os empreendedores a entenderem melhor esses números e como podem contribuir para o aumento do score PJ da sua empresa, a Serasa Experian lançou a funcionalidade “Ponto a Ponto”, dentro da interface de consulta.
A funcionalidade traz a explicação de cada faixa de classificação, os motivos que podem acarretar a queda ou o aumento da pontuação e as orientações sobre medidas possíveis para manter ou melhorar a situação. A pontuação do Score para CNPJ vai de 0 a 1.000, em que quanto maior o valor, maior o nível de confiança que a empresa apresenta. Os critérios utilizados para avaliação do Score PJ, ainda segundo Cleber Genero, são:
• Existência de dívidas vencidas negativadas;
• Consultas à Serasa Experian;
• Faixa etária do consumidor;
• Cadastro Positivo devidamente aberto;
• Dados cadastrais do consumidor atualizados;
• Registros de pagamento de contas em dia;
• Avaliações de crédito frequentes;
• Existência de processos judiciais envolvendo o indivíduo;
• Cadastro de emissão de cheques sem fundo.