Na quarta-feira (19), um menino de 7 anos foi picado por um escorpião no Jardim São Jorge, em Paranavaí. O incidente ocorreu quando a criança calçou o tênis e foi surpreendida pela picada do aracnídeo, que estava escondido no calçado. “Quando meu filho colocou o pé, já sentiu a picada, ele gritava muito”, relatou Daniela Coimbra Ribeiro, mãe do garoto, ao Diário.
Após o incidente, a criança foi rapidamente levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). De lá, foi encaminhada para a Santa Casa de Paranavaí, onde recebeu o soro antiescorpiônico.
“A dor era tão grande que ele chegou a desmaiar”, conta a mãe.
A criança recebeu alta nesta quinta-feira (20) e está em casa de repouso.
A Secretaria de Saúde do Paraná orienta a população sobre os tipos de escorpiões existentes no Brasil e o que fazer quando for picado. Confira:
No Brasil, os escorpiões de importância em saúde pública são as seguintes espécies do gênero Tityus:
- Escorpião-amarelo (T. serrulatus) – com ampla distribuição em todas as macrorregiões do país, representa a espécie de maior preocupação em função do maior potencial de gravidade do envenenamento e pela expansão em sua distribuição geográfica no país, facilitada por sua reprodução partenogenética e fácil adaptação ao meio urbano.
- Escorpião-marrom (T. bahiensis) – encontrado na Bahia e regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
- Escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus) – espécie mais comum do Nordeste, apresentando alguns registros nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
O que fazer em caso de acidente
- Limpar o local com água e sabão.
- Aplicar compressa morna no local.
- Procurar orientação imediata e mais próxima do local da ocorrência do acidente (UBS, posto de saúde, hospital de referência).
- Atualizar-se regularmente junto à secretaria estadual de saúde para saber quais os pontos de tratamento com o soro específico em sua região.
- Se for possível, capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde.
O que não fazer em caso de acidente
- Não amarrar ou fazer torniquete.
- Não aplicar qualquer tipo de substância sobre o local da picada (fezes, álcool, querosene, fumo, ervas, urina), nem fazer curativos que fechem o local, pois isso pode favorecer a ocorrência de infecções.
- Não cortar, perfurar ou queimar o local da picada.
- Não dar bebidas alcoólicas ao acidentado, ou outros líquidos como álcool, gasolina ou querosene, pois não têm efeito contra o veneno e podem agravar o quadro.