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LITERATURA

Metaversos vs multiversos literários: quem vence?

*Renata Dembogurski

É fato que, quando lemos um livro, vivenciamos os sentimentos dos personagens e aprendemos com eles. Mas, em um mundo de pixels e avatares, o livro tem ficado de lado, e qual o resultado disso? O fascínio pelo digital molda o comportamento, especialmente entre os mais jovens. Afinal, as tecnologias têm oferecido realidades cada vez mais imersivas.

A origem dos metaversos pode ser rastreada até as páginas dos romances dos anos 1930. A ironia? Essa mesma literatura, mãe dos universos digitais, agora parece estar massacrada por sua prole.

Um livro é uma ponte para outras realidades, para sentimentos profundos e experiências que transcendem o tempo e o espaço. Cada história é uma viagem a um universo ou multiverso e cada leitor é um viajante. Enquanto metaversos e games prometem perfeição, uma imersão em mundos onde as regras podem ser reescritas, a literatura nos lembra da beleza do imperfeito. Derrotas, alegrias, amarguras – elas moldam e ensinam. A literatura abraça essas complexidades ao mostrar personagens em suas jornadas repletas de desafios e crescimento.

Metaversos e videogames, com seus gráficos alucinantes e interatividade sem limites, oferecem uma experiência diferente. Eles focam no ideal de perfeição e deixam o controle nas mãos do usuário. Tendências recentes, como as lives NPC no TikTok, turvam ainda mais as linhas entre realidade e ficção. E essa constante busca pelo digital pode gerar ansiedade por gratificações imediatas.

O apelo do digital é inegável. No entanto, é importante reconhecer e valorizar as experiências que nos conectam com a complexidade da condição humana. Os livros têm feito isso por séculos, servindo como janelas para mundos, multiversos e mentes diferentes.

Metaversos, videogames, VR e redes sociais têm seu lugar, mas os livros continuam sendo essenciais na formação dos jovens. Eles nos lembram quem somos, de onde viemos e para onde podemos ir.

É hora de repensar o que oferecemos aos jovens e a nós mesmos. Devemos criar oportunidades de ser transportado, não por bytes, mas por palavras. Afinal, o conhecimento não está na tela, mas nos conteúdos que contam histórias e ensinam, e no coração de quem os lê.

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