Polícia Científica ainda não concluiu os laudos de levantamento do local onde o corpo foi encontrado e do exame de necropsia da vítima
ALERTA DE TEMA SENSÍVEL: esta matéria aborda um caso em investigação que envolve possível suicídio e violência. Se precisar de ajuda, ligue para 188 e fale com o Centro de Valorização da Vida, disponível 24h.
Familiares, amigos e membros de coletivos sociais e ambientais de Paranavaí têm realizado protestos para pedir explicações acerca da morte de Mateus Hillmann, de 27 anos, encontrado sem vida no Bosque Municipal de Paranavaí no último dia 10, após dois dias do desaparecimento do jovem. O caso ganhou grande repercussão e gerou questionamentos sobre a segurança no bosque e até mesmo sobre o investimento do poder público na área.
Nesta segunda-feira (17), o Diário do Noroeste entrou em contato com a Polícia Civil, que afirmou que segue investigando as circunstâncias da morte. De acordo com o delegado-chefe da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, Luiz Carlos Mânica, a Polícia Civil não descarta o envolvimento de outra pessoa na morte. Isso porque a maneira como o corpo foi localizado – pendurado por uma corda no pescoço e com os braços amarrados – está entre as circunstâncias que revelam indícios e a hipótese de homicídio.
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O delegado informou que a Polícia Científica ainda não concluiu os laudos de levantamento do local onde o corpo foi encontrado e do exame de necropsia da vítima. Os documentos, segundo Mânica, “podem ajudar a definir dúvidas na investigação.”
“O prazo legal para o término da investigação é 30 dias. Contudo, diante da complexidade do caso, a Justiça pode prorrogar o prazo a pedido da polícia por tempo necessário para o real esclarecimento dos fatos”, afirmou o delegado.
Mânica ainda acrescentou que a hipótese de suicídio não está descartada.
MANIFESTAÇÕES COBRAM RESPOSTAS – Na tarde de domingo (16), amigos de Mateus Hillmann realizaram uma manifestação em frente ao Bosque Municipal de Paranavaí para pedir esclarecimentos sobre sua morte. A manifestação foi organizada por amigos e membros de coletivos sociais e ambientais dos quais Mateus fazia parte.
Na noite desta segunda-feira (17), um grupo se reuniu na Câmara de Vereadores de Paranavaí e cobrou novamente respostas sobre o caso. Os manifestantes levaram faixas e cartazes com frases como “O que aconteceu com o Prof Mateus?” e “Professor, amigo, ativista. Respeitem a memória de Mateus”. Também questionaram a falta de segurança no bosque municipal. “Estrutura zero”. A fatia orçamentária do município destinada à Secretaria de Proteção à Vida, Patrimônio Público e Trânsito não passou despercebida e ganhou comparação com outras pastas.