Principal causa de óbito entre bebês com menos de 1 ano, a Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL) é uma condição em que a criança ainda nos primeiros meses de vida morre de forma inexplicada. Na maioria dos casos, o problema não tem causa aparente e, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, geralmente ocorre durante o sono noturno.
A característica “misteriosa” da síndrome dificulta o desenvolvimento de técnicas de prevenção. Contudo, especialistas entendem que os riscos durante o sono estão associados à morte súbita do lactente.
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Para a médica pediatra Agnes Andrade, manter alguns cuidados para garantir um sono seguro ao bebê pode ser uma forma de prevenir a síndrome. Segundo ela, um dos pontos que merecem grande atenção é o berço.
“As instruções para um berço seguro são mantê-lo no quarto dos pais até pelo menos 6 meses da criança, com superfície firme e não inclinada e um colchão de tamanho exato a cama, sem sobras ou faltas. É importante não colocar pelúcias, naninhas, travesseiros, protetores, rolinhos ou ninhos dentro do berço”, recomenda.
Outra prática que deve ser evitada é o uso de cobertores. Em dias frios, a orientação é vestir o bebê com roupas quentes (mas sem toucas que possam cobrir o rosto e a cabeça) ou utilizar o saco de dormir, que deixa os braços e rosto livres. Fique atento para não haver superaquecimento do bebê e do ambiente.
“O bebê precisa ser colocado para dormir sempre de barriguinha para cima, nunca de lado nem de barriga para baixo, de preferência no quarto dos pais, mas no próprio berço. Inclusive, o compartilhamento de cama é um fator de risco para morte súbita do lactente, bem como o uso de droga na gestação, o uso de álcool pelos pais, tabagismo. Vale lembrar que os recém-nascidos prematuros têm chance quatro vezes maior de apresentar a Síndrome da Morte Súbita do Lactente”, alerta a especialista.
Além do sono seguro, um fator que pode ajudar na prevenção é a amamentação.
Foto: Frederico Junglaus
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