Produção: ADÃO RIBEIRO – adao@diariodonoroeste.com.br
e IGOR MATEUS
Rua Guanabara 887, Jardim Morumbi em Paranavaí – Noroeste do Paraná. Neste endereço residem mulheres que optaram pela vida em oração, a serviço de Jesus Cristo e da Igreja Católica. Quem chega à casa das monjas enclausuradas percebe que as coisas do mundo literalmente ficaram para trás. No caso delas (as monjas) para sempre. No nosso caso, uma experiência de paz.
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Foto: Guto Costa
Na manhã da última quarta-feira (10), às 7 horas, o bispo emérito de Afogados da Ingazeira (Pernambuco), dom Egídio Bisol (75 anos), um brasileiro nascido na Itália, celebrou a missa na pequena capela do Mosteiro Mater Carmeli. O motivo: acompanhava cinco noviças do Mosteiro de Triunfo, que a partir de agora passarão um período fundamental na formação para a vida contemplativa e a serviço da fé.
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Foto: Guto Costa
O bispo Egídio deixou uma mensagem para o povo de Paranavaí e região. Questionado, lembrou que a vida religiosa das monjas tem suas dificuldades, mas é uma forma de viver plenamente. Citando uma religiosa, resume: “Só o amor de Deus basta”.
Todas as pessoas podem contribuir para a manutenção daquele espaço de paz. A ajuda pode ser financeira (Pix 025.088.448-88 – Derly de Paula Moreira), com alimentos ou itens de higiene pessoal.
Experiência – A Madre Derly, 82 anos, está em Paranavaí desde a constituição do Mosteiro, em 1991. Ela também concedeu entrevista e esclareceu que o termo clausura não significa prisão. É uma forma de viver o serviço e rezar para todo o povo. A religiosa falou das suas origens e da trajetória no serviço até se estabelecer em Paranavaí.
Participação – A comunidade pode participar de missas no Mosteiro. Segunda-feira, quarta-feira e quinta-feira às 7h15. Terça-feira e sexta-feira as celebrações são às 7h30. Aos sábados e domingos, missas começando às 9h.
Explicando – São chamadas de carmelitas porque a Ordem nasceu no Monte Carmelo (Palestina), marcado pela presença e pelo espírito de Elias e sob a proteção materna da Virgem Maria.
A história do Carmelo é encantadora e sugestiva como poucas. É a única Ordem que nasceu no Oriente e que na sua origem se funda nas páginas da Bíblia, inspirando-se em duas figuras bíblicas: Elias e Maria.
Quem são as Monjas Carmelitas – Monjas Carmelitas são religiosas consagradas a Deus para uma missão especial – interceder pela Igreja e por todo o mundo.
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Foto: Guto Costa
Elas abraçam toda humanidade como seus filhos espirituais, rezam a Deus por suas necessidades e principalmente por sua salvação eterna.
O Mosteiro paranavaiense conta atualmente com a Madre Derly, irmãs Maria do Carmo, Edna, Gabrielle, Gislaine e Vera. Se juntam a elas nesta missão para uma nova fase de experiências com Deus: Irmã Isabel, Irmã Catarina, Irmã Maria José, Irmã Teresa, Irmã Terezinha. Responde por elas, as noviças, a Madre Aurilucia.
O que é a clausura – Clausura é um espaço sagrado onde as monjas vivem e apenas elas têm acesso. É um local que favorece a oração e a vida espiritual, assim, as irmãs podem sempre estar com os olhos fixos em seu celeste esposo – Jesus Cristo.
História em Paranavaí – As Monjas Carmelitas são mulheres que descobriram o valor absoluto do Reino de Deus, e querem fazê-lo realidade no mundo.
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Foto: Guto Costa
Com tal objetivo, em 6 de fevereiro de 1991, a Irmã Maria do Carmo Silveira Moraes, priora do Mosteiro Flos Carmeli, consultou dom Rubens Augusto de Souza Espínola sobre uma fundação em Paranavaí. Em 9 de março, dom Luiz Eugênio Perez, bispo de Jaboticabal (SP), apresentou a dom Rubens as monjas Carmelitas Maria do Carmo Silveira Moraes e Alice Cruz, do Mosteiro Flos Carmeli, com o objetivo de tratar do projeto de fundação de um Carmelo na Diocese de Paranavaí.
Por rescrito datado de 13 de março, dom Rubens consentiu a fundação de um Mosteiro das Monjas Carmelitas Contemplativas e foi criada a comissão para a construção; foi erigido por dom Rubens em 20 de julho de 1991, dia em que as monjas chegaram a Paranavaí, vindas do Mosteiro Flos Carmeli de Jaboticabal.
A cerimônia de instalação do mosteiro teve início com a missa na Igreja de São Sebastião, celebrada por dom Rubens Espínola, então bispo de Paranavaí, e concelebrada por dom Luís Eugênio Peres, com a pedra fundamental colocada em 6 de outubro de 1991. Dentre os padres, destacaram-se frei Domingos Fragoso, conselheiro geral da Ordem do Carmo; frei Felizberto Caldeira, provincial dos Carmelitas do Estado de São Paulo; frei Wilmar Santin, da Comissão Provincial dos Carmelitas do Paraná; e padre João Batista Pimenta, da Paróquia de São Carlos Borromeu, de São Carlos do Ivaí.
No final da missa, foram lidos os decretos de “ereção do Mosteiro Mater Carmeli e da “Licença para funcionamento da Capela”, na Casa das Monjas. No primeiro, dom Rubens Espínola, canonicamente, erigiu o mosteiro em Paranavaí e determinou os seguintes tópicos: 1º) A construção do mosteiro fica a cargo dos frades carmelitas; 2º) Os frades carmelitas devem dar assistência espiritual às monjas; 3º) Que a clausura seja observada segundo o Direito Canônico e as Constituições próprias.
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Foto: Guto Costa
As monjas fundadoras do Mosteiro Mater Carmeli foram: Irmã Antonia Lordello, Prioresa-vigária, nascida em Maragogipe-BA no dia 31 de julho de 1925; Irmã Alice Cruz, nascida em São Paulo-SP no dia 8 de fevereiro de 1929; Irmã Natalina Grande, nascida em Itu-SP no dia 25 de dezembro de 1928; Irmã Tereza Leme da Cruz, nascida em Mogi das Cruzes-SP no dia 23 de setembro de 1924; Irmã Terezinha Tranche, nascida em Monte Belo-MG no dia 16 de junho de 1934; Irmã Derly de Paula Moreira, juniorista, nascida em Espera Feliz-MG no dia 29 de agosto de 1941; Irmã Maria de Lourdes Silveira Moraes, juniorista, nascida em Itu-SP no dia 27 de junho de 1972; Irmã Lúcia Leal Saveli, noviça, nascida no Estado do Paraná no dia 26 de maio de 1965.
(Texto sobre o mosteiro extraído de monjascarmelitas.org.br)