SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma mulher de 39 anos está sendo investigada após ter atirado contra o próprio companheiro, de 52 anos, em um motel na cidade de Apucarana (PR). O homem chegou a ser levado para uma UPA e encaminhado para o Hospital da Providência, onde segue internado, segundo a polícia. O caso ocorreu na terça-feira (31).
De acordo com o delegado Victor Hugo Torres, que investiga o caso, o homem foi atingido no tórax, após discutir com a mulher. “No hospital, a suspeita disse que foi tiro foi acidental, mas a vítima ainda estava em condições de falar e informou que essa versão era mentira, que tinha sido ela que atirou nele, por ciúmes”, disse, em entrevista à reportagem. O conteúdo da mensagem não foi divulgado.
O que teria provocado a discussão, segundo o delegado, foi uma mensagem no celular do homem. “Conseguimos conversar com ele ontem, no hospital. Ele ainda está com dificuldade para falar, mas disse que ela verificou uma mensagem no celular dele de outra mulher, o que teria despertado os ciúmes. Inclusive, encontramos o celular dele quebrado na suíte do motel.”
Torres afirma que o casal estava junto havia cerca de seis anos, mas tinham um relacionamento de idas e vindas. No ano passado, eles haviam decidido se separar, mas agora buscavam reatar a relação. A mulher tinha quatro boletins de ocorrência registrados contra o homem, incluindo uma medida protetiva, segundo o delegado. Ele também já havia registrado um boletim de ocorrência contra ela.
No dia do disparo, a polícia foi acionada quando o homem chegou a uma UPA da região. Ele foi levado pelo próprio carro, pela proprietária do motel. Ela estava chegando no estabelecimento quando ouviu o tiro. Ao verificar a suíte de onde vinha o barulho, ela encontrou a mulher segurando uma pistola na mão e o homem sentado no chão sangrando.
“Nesse momento, a suspeita pediu para levar o companheiro dela ao hospital, porque ela não sabia dirigir. A proprietária pegou o carro do casal e foi levando eles até a UPA. A arma ficou no local e já foi apreendida. A vítima informou que a pistola pertencia à mulher, mas ainda estamos investigando”, relata Torres, informando ainda que a arma não tem registro.
A mulher é considerada foragida. Quando a polícia chegou ao hospital, ela já não estava mais presente. “Ela fugiu. Estamos tentando localizá-la para que ela seja ouvida.”
O nome dos envolvidos não foi divulgado e, por esta razão, a reportagem não localizou a defesa da suspeita.
A reportagem também entrou em contato com o Hospital da Providência para obter mais detalhes sobre o estado de saúde dele. A reportagem será atualizada assim que houver manifestação.
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