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COLUNA DO PHD

Mundo, mundo vasto olímpico

A Olímpiada acabou, e o mundo não mudou. Os conflitos bélicos continuaram os mesmos, Israel versus Hamas, Rússia e Ucrânia e agora Venezuela. As crianças e famílias em vulnerabilidade continuam na mesma, os jovens buscando desordenadamente seu futuro, mas a Olímpiada terminou e tudo continuou como dantes no mar de Abrantes…

Mas quem disse que o mundo mudaria com os Jogos Olímpicos? Sim, é inegável que ficamos pendentes das News durante os 17 dias de competições, que tiveram lugar em Paris, a cidade Luz, e nossos heróis não morreram de overdose e sim bateram recordes, ganharam medalhas e nos deixaram alegres com os resultados. A cerimônia de encerramento, segundo colegas jornalistas, foi uma confusão e muitos que cobriam o evento saíram antes do final. Assisti a proposta da cerimônia que foi um misto da“comedie de l’arte” com tecnologia e arte teatral. Enfim, foi o fechar o maior espetáculo esportivo da terra e isso não é para qualquer mortal. Los Angeles (pela terceira vez será sede em 2028) apresentou o mundo do cinema com o ator Tom Cruise, fazendo um triller do seu mundialmente conhecido “Missão Impossível”.

Porém temos que referendar o que escrevemos por ocasião dos Jogos Pan-americanos, quando os mais afoitos comemoraram a performance do Brasil, contudo nossa participação nos Jogos Olímpicos foi pífia, como este colunista havia apontado. Amargamos um vigésimo lugar, perdendo para repúblicas minúsculas, inclusive a Australia, com 24 milhões de habitantes, menor que a cidade de São Paulo.

Isso se deve à falta de políticas para o Esporte, sim o alto rendimento tem alicerce, mas a base não, não existe sistema público ou privado que apoie a base; nossas escolas, e o esporte escolar (fator de êxito de vários países) estão sucateadas. Sem mencionarmos a qualificação de nossos técnicos e professores que é quase inexistente. O Comitê Olímpico Brasileiro recebe subsídios públicos e os gasta muito mal. Utilizando nas Olímpiadas Escolares, as quais são resumidas em megaeventos, mas o esporte escolar, coitado.

A solução para tamanho descalabro seria investir no esporte escolar, com equipamentos, com formação continuada e pagamento adequado de nossos técnicos, além de criar centros de excelência regionais e desenvolver os esportes contidos nas diversas culturas de nosso imenso país. Com certeza teríamos a revelação de talentos como a nossa ginasta Rebeca Andrade, detentora de seis medalhas olímpicas, sendo a maior medalhista do país, além do nosso esporte que é o maior vencedor em número de medalhas, o Judô.

Os grandes clubes que apoiam o esporte, tais como Pinheiros em São Paulo, Flamengo no Rio; as Forças Armadas, e outros, são responsáveis pela manutenção do atleta de alto rendimento, porém como já mencionamos, nosso esporte escolar, que deveria ser o maior celeiro de atletas, peregrina sem qualquer apoio. Ainda devemos mencionar a bravura dos atletas brasileiros, cujos atos são  de verdadeiro heroísmo, sobrevivem até alcançar algum podium e conquistar esse imprescindível apoio.

Senhores políticos, abdiquem do Fundo Partidário e criem leis para dar condições para a detecção e desenvolvimento de talentos esportivos, que assim o Brasil poderá ocupar seu lugar no podium dos países com um sistema público de esportes. Senhores empresários invistam no esporte, pois os resultados virão e sua logomarca será divulgada nos quatro cantos do país.

Em tempo há de se homenagear a Paris, ao comitê organizador dos Jogos, com sua atenção às mulheres, para alertar a violência de gênero e outras mazelas da sociedade, dita civilizada. E ainda a prova final tradicional dos Jogos Olímpicos é a maratona, este ano além de haver sido uma maratona com a participação popular, o Comitê organizador premiou as mulheres na cerimônia de encerramento. Allez Paris.

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