REINALDO SILVA
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Equipamentos elétricos e eletrônicos possuem diversos componentes tóxicos em suas estruturas. Descartados de maneira incorreta, podem contaminar o solo e os lençóis freáticos. Além de comprometerem os recursos naturais, colocam em risco a saúde pública. A solução é garantir a destinação correta, com reciclagem e reutilização sempre que as condições permitem.
Pensando nisso, o Consórcio Intermunicipal Caiuá Ambiental (Cica) e a instituição E-Letro firmaram uma parceria a fim de promover a coleta de produtos antigos e em desuso em diferentes municípios do Noroeste do Paraná. A ação terá início na próxima segunda-feira (13) e se estenderá até sexta-feira (17) e as secretarias municipais de Meio Ambiente já estão mobilizadas para a campanha.
Haverá pontos de entrega em Amaporã, Cruzeiro do Sul, Inajá, Mirador, Nova Aliança do Ivaí, Paranapoema, Presidente Castelo Branco, Santo Antônio do Caiuá, São João do Caiuá, Tamboara, Terra Rica e Uniflor. Os moradores poderão levar computadores, aparelhos de televisão, rádios, geladeiras, telefones celulares e todos os tipos de dispositivos eletroeletrônicos.
De acordo com informações do Cica, a logística de transporte dos itens recolhidos ficará por conta da organização não governamental E-Letro. A previsão é que a retirada dos materiais eletroeletrônicos descartados pelos moradores seja feita nos dias 20 e 21 de dezembro. A instituição também será responsável pela destinação do lixo.
A ONG surgiu em 2008 e tem sede em Londrina (PR). Tem como principal objetivo contribuir com consumidores, poder público, empresa e outros setores a darem o destino ambiental correto aos componentes eletrônicos usados no dia a dia. Por causa da grande demanda, a E-Letro estendeu a área de atuação, alcançando diferentes regiões do Paraná, caso do Noroeste, e até mesmo outros estados.
Em 2019, foram descartadas 53,6 milhões de toneladas de lixo eletrônico em todo o mundo, conforme aponta o relatório Global E-Waste Monitor 2020, que contou com a participação da Organização das Nações Unidas (ONU). Apenas 17,4% seguiram para a reciclagem. China e Estados Unidos lideraram a lista de maiores produtores, com 10,1 milhões e 6,9 milhões de toneladas, respectivamente. A Índia apareceu em terceiro lugar, responsável por 3,2 milhões de toneladas.