REINALDO SILVA
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A Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense (Amunpar) e o Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS/Amunpar) estão acertando os detalhes da proposta que será encaminhada ao Governo do Estado para o funcionamento da Unidade Morumbi da Santa Casa, em Paranavaí. A expectativa é que o documento seja enviado ainda hoje.
Atual referência regional para cirurgias eletivas, a Santa Casa oferece 150 procedimentos mensais para os municípios do Noroeste do Estado. No entanto, nem todos os prefeitos concordam com a centralização e querem o credenciamento e a estruturação de outros hospitais.
Presidente do Consórcio Intermunicipal da APA Federal do Noroeste do Paraná (Comafen), o prefeito de Santa Cruz de Monte Castelo, Francisco Antônio Boni (Fran), defende que os municípios da microrregião ao extremo do Estado sejam atendidos em Loanda e não mais em Paranavaí. A mudança proporcionaria redução de distância e de custo.
O posicionamento de Fran Boni ganhou apoio de outros prefeitos do Comafen e eles decidiram que não entrariam na divisão do valor a ser custeado pelos municípios para a realização de cirurgias eletivas na Santa Casa de Paranavaí. Alguns reconsideraram, outros mantêm a decisão de pleitear uma unidade hospitalar em Loanda.
Antes estavam previstos 400 procedimentos por mês, mas a saída dos municípios alterou as possibilidades, por isso, foi preciso rever os termos do convênio com o Governo do Estado, que repassará R$ 700 mil à Santa Casa. Os outros R$ 550 mil ficariam a cargo das prefeituras, através do CIS/Amunpar.
O prefeito de Terra Rica, Julio Leite, presidente da Amunpar, disse que o Noroeste do Paraná tem pressa e precisa resolver a situação o mais rapidamente possível. O funcionamento da Unidade Morumbi é urgente, porque existe grande demanda por cirurgias de especialidades, como ortopedia, urologia, ginecologia e obstetrícias, entre outras.
A nova estrutura hospitalar terá 108 leitos exclusivos para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Foi inaugurada em 2018, quando o Governo do Estado autorizou o repasse de R$ 20 milhões para a compra de equipamentos. Desde então, a Santa Casa aguarda a assinatura do convênio para instalá-los e colocá-los em funcionamento.