ALEXANDRE ARAÚJO E LEO BURLÁ
DA UOL/FOLHAPRESS
Hoje no Fluminense, o técnico Abel Braga busca a conquista do título do Campeonato Carioca para encerrar um jejum do clube tricolor e, consequentemente, impedir que o Flamengo alcance uma marca inédita que o próprio treinador ajudou a iniciar, há três anos. O primeiro jogo da decisão do estadual acontece nesta quarta-feira (30), a partir das 21h40, no Maracanã (RJ). A última partida será no sábado (2), às 18h.
Identificado com o clube das Laranjeiras, Abel foi anunciado em dezembro, para esta que é a quarta passagem à beira do gramado. A última havia se encerrado no meio de 2018, meses antes de ser contratado pela recém-eleita diretoria rubro-negra, encabeçada por Rodolfo Landim.
Na Gávea, o comandante ganhou reforços de peso como o zagueiro Rodrigo Caio, o meia Arrascaeta, e os atacantes Gabigol e Bruno Henrique, todos até hoje no Flamengo. E o trabalho, ainda nos primeiros passos, teve como um dos frutos o título do Carioca de 2019, em final contra o Vasco.
Apesar da conquista, a passagem foi conturbada, com críticas da torcida e rusgas com a cúpula. Diante do desgaste, a despedida aconteceu pouco depois, com um pedido de demissão do técnico.
Ao fim da relação, o time rubro-negro viu Jorge Jesus, em 2020, e Rogério Ceni, no ano passado, repetirem a dose de Abel e também chegarem ao lugar mais alto do pódio no Carioca. A taça de 2019 foi o pontapé inicial para uma era de títulos que o Flamengo atravessa, e o clube mira a cereja no bolo.
O tetra do Estadual ainda é algo inédito na história do Flamengo, e o clube da Gávea pode igualar feitos dos rivais Fluminense (1906, 1907, 1908, 1909) e Botafogo (1932, 1933, 1934, 1935).
Dos 31 jogadores do atual elenco do Flamengo, 11 trabalharam com Abel, o que representa pouco mais de 35%. São eles: o goleiro Diego Alves, o zagueiro Rodrigo Caio, o volante Arão, os meias Everton Ribeiro, Diego e Arrascaeta, e os atacantes Gabigol, Bruno Henrique e Vitinho.