REINALDO SILVA
Da Redação
Prefeito de Mirador e presidente da Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense (Amunpar), Fabiano Travain reivindicou novos hospitais para a região. O entendimento é que as estruturas em funcionamento não são suficientes para atender às demandas do sistema público de saúde. “É uma questão que temos que levar ao governo do estado e à União.”
As cirurgias são exemplos práticos da necessidade apontada por Travain. “A gente não pode mais aceitar que as pessoas fiquem um ano e meio, dois anos para poder fazer uma cirurgia simples. É um problema que a gente tem que encarar.”
Atualmente, a Santa Casa de Paranavaí é o hospital de referência na região, contando com duas unidades, uma no Centro e outra no Jardim Morumbi. No caso dos municípios localizados na porção mais extrema do estado, a opção para alguns procedimentos é o Hospital Santa Catarina, em Loanda.
Até que seja possível pensar na construção de hospitais, o presidente da Amunpar sugere novos credenciamentos para ampliar a oferta de serviços aos pacientes da região. “Precisamos ir atrás de recursos para poder dar maior agilidade.”
Ele aposta na parceria da Amunpar com o Consórcio Intermunicipal de Saúde e Serviços (CIS) e a 14ª Regional de Saúde. A força política e a capacidade técnica das três entidades são fundamentais para alcançar o objetivo proposto por Travain.
A saúde é o principal desafio dos municípios. Diferentemente da educação, que Travain classifica como autossustentável em razão do volume de recursos, a saúde exige maiores esforços. Para dar uma ideia da situação, ele explica que, constitucionalmente, 15% do orçamento anual deve ser destinado à pasta, mas o percentual é baixo. “Tem município que passa de 30%, chega a 35%.”
A avaliação do presidente da Amunpar é que o governo federal deveria destinar maior volume de recursos para a saúde.
