(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:
Foto: Ivan Fuquini
Foto: Ivan Fuquini

PREOCUPAÇÃO

Notícias falsas desestimulam adesão à vacina bivalente contra a Covid-19

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

Os municípios do Noroeste do Paraná somam 94.976 pessoas com 70 anos de idade ou mais, imunocomprometidas, vivendo em instituições de longa permanência e indígenas. Até segunda-feira (24), apenas esses grupos podiam receber a vacina bivalente contra a Covid-19, mas, apesar da prioridade, pouco mais de 19.500 moradores foram imunizados, cobertura de 20,5%.

Os números são da 14ª Regional de Saúde e acendem o sinal de alerta quanto à procura pela vacinação. A avaliação da enfermeira Jane Camargo é que o resultado “reflete a baixa adesão da população à vacina, sendo necessário combater de forma intensa as ‘fake news’ [notícias falsas], que no momento são o maior entrave para a melhora na cobertura vacinal”.

Questionam a eficácia e a segurança da vacina e relacionam a imunização a casos graves de miocardite, uma inflamação no músculo do coração, e até à morte. Também circulam informações sobre idosos que teriam perdido os movimentos das pernas após serem vacinados. São afirmações mentirosas, sentencia a enfermeira da 14ª Regional de Saúde.

Jane Camargo chama a atenção para os frequentes comunicados do Ministério da Saúde sobre a divulgação de notícias falsas, “que prejudicam as coberturas vacinais no país, além de ser um desserviço para o irrefutável benefício das vacinas no controle e redução de casos graves da Covid-19”.

A orientação é que a população busque informações nos canais oficiais do Ministério da Saúde para evitar desinformações relacionadas à vacinação. Os gestores precisam investir em campanhas que apresentem os benefícios da imunização e combatam as fake news.

De acordo com a enfermeira, os profissionais de saúde devem conversar com os pacientes e indicar fontes confiáveis de notícias, “para desenvolver consciência positiva frente à eficácia das vacinas, levando à adesão e aumento da proteção às doenças e consequentemente melhora nas coberturas vacinais”.

Jane Camargo resume: “É inegável a contribuição [da vacina] na redução da morbidade e da mortalidade”. A palavra morbidade faz referência à doença. Mortalidade é o óbito.

Vacinação – Imune às notícias falsas, a produtora rural de Paranavaí Marisa Rossanezi, de 52 anos, fez questão de ir à Unidade Básica de Saúde Zona Leste para receber a dose da vacina bivalente contra a Covid-19.

Para Marisa Rossanezi, vacina significa proteção. Se contrair o vírus, dificilmente manifestará sintomas mais graves da doença a ponto de precisar de internação hospitalar. Antes, quando não havia imunizantes contra a Covid-19, saía de casa somente em situações extremamente necessárias, tinha medo. Agora, devidamente vacinada, está mais tranquila.

Desde terça-feira (25), todas as pessoas com 18 anos de idade ou mais podem ser imunizadas, uma decisão do Ministério da Saúde para tentar ampliar o alcance vacinal. Assim como nos municípios do Noroeste, os números estão baixos em todo o Brasil.

Informação – A enfermeira da 14ª Regional de Saúde indica duas fontes oficiais de informação sobre a eficácia e a segurança da vacina contra a Covid-19. A primeira é o site do Ministério da Saúde (www.gov.br/saude). A outra é a página da Secretaria de Estado da Saúde (www.saude.pr.gov.br).

Marisa Rossanezi defendeu a vacina e disse que significa proteção contra o vírus
Foto: Ivan Fuquini
Compartilhe: