LUCAS MUSETTI PERAZOLLI
DA UOL/FOLHAPRESS
Caio Henrique, do Monaco (França), foi uma das principais novidades do técnico Fernando Diniz na primeira convocação pela seleção brasileira. Em alta na Europa, o lateral-esquerdo deve muito ao Dinizismo.
Diniz apostou em Caio quando ele estava afastado pelo Paraná antes do rebaixamento para a Série B do Brasileiro, no fim de 2018. No Fluminense, o meia emprestado pelo Atlético de Madrid (Espanha) virou lateral-esquerdo e voou. Passou pelo Grêmio e está no Monaco desde 2020.
Atualmente, soma quatro assistências em quatro jogos pelo Campeonato Francês e é líder de assistências na Europa. Em entrevista exclusiva ao UOL, o jogador falou sobre o técnico e o momento que passa em sua carreira.
“É aquele cara que enxerga alguma coisa ali que está adormecida. Que era o meu caso, por exemplo, quando a gente foi rebaixado com o Paraná. Não tive muitas ofertas, até porque joguei pouco. E o professor Diniz, alguma coisa ele viu. Um jogo meu ali, ele viu que eu tinha alguma qualidade. E apostou, confiou em mim. E é esse lado que ele tem, que faz ele ser diferente”, diz Caio Henrique.
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FALA, CAIO HENRIQUE
PERGUNTA – Como é ser o líder de assistências do futebol europeu nesse começo de temporada?
CAIO HENRIQUE – A gente fica feliz, né? A gente sabe que a gente que joga ali na linha de trás, na defesa, fazer gol é muito difícil, né? Então, se a gente consegue estar ajudando os nossos companheiros lá na frente, às vezes com uma assistência, a gente fica bastante contente. E é muito importante para a gente também. E, de verdade, eu estou muito contente de ter quatro assistências nesses primeiros quatro jogos. A gente sabe que é um número bastante alto. Não é normal. Então, é só isso pra aproveitar o momento e continuar trabalhando.
P – O Monaco começou bem essa temporada. Existe uma expectativa de título pela manutenção de boa parte do elenco e pelas saídas no PSG?
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CH – O principal objetivo é voltar a jogar a Champions League. Esse é o objetivo que passaram para a gente. Claro que também está muito cedo pra falar de título. O campeonato ainda tem muitos jogos pra acontecer. Mas a gente sabe também que é muito importante começar bem. Acho que se a gente conseguir continuar na mesma pegada, continuar ganhando esses pontos importantes, principalmente fora de casa, a gente tem tudo para brigar na parte de cima. Mas, no momento principal, o objetivo é voltar a botar o Monaco nas competições europeias.
P – Vendo os jogos do Monaco, dá pra perceber que você e o próprio Vanderson jogam quase que como pontas. O Diniz pede o mesmo?
CH – “Ah, tudo depende do que o professor Diniz vai pedir para a gente jogo a jogo. A gente no Monaco joga com um sistema novo, a gente está tendo mais liberdade, até porque estamos jogando com três zagueiros. Então a gente joga mais alto, recebe a bola numa zona mais alta. Mas isso vai tudo depender do professor Diniz, do que ele vai pedir pra gente. E eu acho que a gente tem capacidade de entender bem o jogo. E fazer aquilo que o professor pedir.