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SAÚDE

Número de agentes de combate a endemias em Paranavaí está abaixo do recomendado

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

Quatro agentes de combate a endemias (ACEs) foram convocados ontem (10) pela Prefeitura de Paranavaí e começam a atuar imediatamente. A partir das novas contratações, a equipe do município passa a ter 60 servidores no setor, com média de 37 pessoas em campo, número abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde.

As diretrizes nacionais apontam a necessidade de um ACE para cada grupo de 800 a 1.000 imóveis. Considerando os quase 55 mil domicílios de Paranavaí, seriam necessários pelo menos 55 agentes trabalhando nas ruas da cidade. O tema foi abordado pela vereadora Fernanda Zanatta na sessão ordinária da última segunda-feira (9).

De acordo com a 14ª Regional de Saúde, Paranavaí tem a maior defasagem de ACEs do Noroeste do Paraná. Um dos fatores que pesam nessa conta é o crescimento populacional. Há 10 anos, eram 81.590 moradores, segundo o levantamento censitário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e aproximadamente 35 mil imóveis. Em 2021, o IBGE estimou a população em 89.454.

O limite prudencial com a folha de pagamento dos servidores públicos também impediu que a Administração Municipal contratasse agentes de combate a endemias em anos anteriores. Mudanças na estratégia de gestão permitiram que fosse feito. Em recente manifestação pelas redes sociais, o prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes (KIQ) afirmou: “Tivemos planejamento e nos preparamos. Temos dinheiro em caixa e mantivemos o índice de gastos com pessoal sob controle”.

Independentemente da situação financeira, é fundamental que Paranavaí e as demais cidades da região intensifiquem as ações de combate à dengue.

Até a semana passada, quando a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) fez a atualização dos números, o Noroeste do Paraná somava nove municípios em situação de epidemia: Alto Paraná, Loanda, Marilena, Nova Londrina, Paranavaí, Porto Rico, Santa Isabel do Ivaí, São Carlos do Ivaí e Terra Rica. Novos nomes poderão ser incluídos na lista esta semana.

O chefe regional da Vigilância em Saúde, Walter Sordi Junior, explicou que a classificação de epidemia de dengue leva em conta os comparativos com números dos anos anteriores e o diagrama de controle baseado nos registros dos municípios.

Uma das maneiras de conter o avanço da doença é a pulverização de veneno com o carro UVB, popularmente conhecidos como fumacê. Por enquanto, os veículos estão sendo utilizados em Porto Rico e São Carlos do Ivaí.

Paranavaí também solicitou a liberação de um automóvel a fim de reduzir a quantidade de mosquitos transmissores da dengue. Até lá, os ACEs seguem com as ações de limpeza, fiscalização e aplicação de multas.

Os trabalhos mais intensos estão concentrados nos jardins Santos Dumont e Ouro Branco, na Vila Paris e no Distrito de Sumaré. “Também estamos realizando a instalação de ovitrampas e o bloqueio com aplicação de veneno”, garantiu o diretor municipal da Vigilância em Saúde, Natan Gonçalves Tobias. Ovitrampas são armadilhas utilizadas para capturar mosquitos e verificar a quantidade de vetores e a eficiência do veneno.

Paralelamente à atuação dos agentes de combate a endemias, é fundamental que a população faça a própria parte. “O principal problema está nas residências, por isso, cada um deve se atentar ao seu quintal, manter a limpeza e remover qualquer material que possa juntar água, lembrando que estamos em período de bastantes chuvas”, pediu o diretor municipal da Vigilância em Saúde.

Natan Gonçalves Tobias também recomendou: “É importante usar sempre repelente e, em caso de suspeita, procurar a UBS [Unidade Básica de Saúde] mais próxima para atendimento”. De 1º de agosto de 2021 a 5 de maio, Paranavaí tinha 361 confirmações da doença. A avaliação de Walter Sordi Junior é que existem menos casos, mas com sintomas mais graves do que nos ciclos anteriores.

Para além das responsabilidades do poder público, é necessário que os moradores também contribuam no combate à dengue
Foto: Arquivo DN
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