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OPINIÃO

O campeonato que ninguém quer ganhar

*Rafael Octaviano de Souza

O Campeonato Brasileiro de futebol em 2023 parece ainda muito indefinido com algumas rodadas para se disputar. O Botafogo, que não vence a competição desde o ano de 1995 (eu estava no Maracanã no jogo da ida por coincidência), esteve com a taça nas mãos com diferença para o segundo colocado na casa dos dois dígitos.

O campeonato Brasileiro teve a sua primeira versão oficial com esse nome no ano de 1971, vencido pelo Atletico Mineiro. É óbvio que não se pode negligenciar os títulos anteriores a 71 como por exemplo os conquistados pelo Santos de Pelé, pelo Botafogo de Garrincha ou pelo Cruzeiro de Tostão e Dirceu Lopes por exemplo.

Isto posto, também é complicado sem uma regulamentação específica, se dizer que qualquer competição que envolva clubes Brasileiros seja considerado Brasileirão, que envolva times sul-americanos seja considerada Libertadores, e com equipes internacionais seja considerada como mundial. É como se disséssemos que alguém que dê um soco no Mike Tyson ou Anderson Silva em uma boate seja o detentor de um ‘cinturão”.

O Brasileirão já teve incríveis 94 participantes no ano de 1979, hoje tem um modelo “justo”, ou “menos injusto” do ponto de vista de que quem tem a maior regularidade sempre vence, e aí reside o problema. O Brasileirão de “pontos corridos” surgiu em 2003 para corrigir uma “injustiça” do ano anterior, onde o Santos de Robinho e Diego, classificado em oitavo lugar, eliminou o primeiro colocado São Paulo e se sagrou campeão contra o Corinthians. O Cruzeiro de Luxemburgo conquistou o de 2003 (pontos corridos), e parecia que teríamos enfim, os melhores clubes sempre campeões.

Porém, com a globalização, as competições maiores foram engolindo as menores, ou seja, a Copa Libertadores, a Sul-americana, e a Copa do Brasil passaram a ser mais compensatórias do ponto de vista financeiro, bem como, por serem disputadas nas fases finais em mata-mata, se tornaram um caminho mais curto para as conquistas.

Nesse sentido, percebemos que nos últimos anos, equipes que avançam para fases finais na Libertadores, Sul-americana e Copa do Brasil, encontram dificuldades em conquistar o Brasileirão. Tal fenômeno ocorre, pois, por se tratar de competição de regularidade, o primeiro jogo vale tanto quanto o último.

Depois de muitos anos, com o encerramento das competições supracitadas, clubes como: Botafogo, Palmeiras, Bragantino, Grêmio, e Flamengo vão brigar palmo a palmo por esse título tão importante. Por outro lado, a briga para permanecer na elite promete muita emoção envolvendo clubes de massa como: Corinthians, Santos, Cruzeiro, Vasco e Bahia, é aguardar para ver o último capítulo, afinal, quem nunca chegou na última rodada com jogos no mesmo horário esperando a bolinha apitar nas transmissões televisivas?

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