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SAÚDE

O futuro do SUS e da saúde no Brasil no contexto pós-pandemia e eleição

Por Ademir Medina*

A partir do novo cenário pós-pandemia e eleição, com novos governantes ocupando cargos na gestão pública, se faz necessário abrir uma discussão sobre as diversas formas de organização da máquina pública e definir papeis fundamentais à garantia de resultados que efetivamente transformem a vida das pessoas. Portanto, um bom começo seria por meio das três pirâmides: Estratégico, Tático e Operacional. Assim, os papeis não ficariam sobrepostos e criariam sinergias para poder garantir um resultado positivo na transformação da vida das pessoas.

O SUS (Sistema Único de Saúde), antes alvo constante de ataques, mostrou a sua importância, flexibilidade e rápida adaptação às demandas referentes à Covid-19. A partir daí, o nosso sistema público de saúde passou a ser valorizado e amplamente debatido, principalmente no que diz respeito às formas de melhorar e solucionar os principais gargalos.

Como administrador de uma OSS (Organização Social de Saúde), acompanho de perto a rotina do SUS, através das parcerias do CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”) com prefeituras e governos de São Paulo e do Rio de Janeiro, para o fortalecimento do nosso sistema. Acredito que a solução para o SUS é uma combinação entre melhor gestão, busca de oportunidades e mais aporte de recursos nas áreas necessárias.

Também não podemos deixar de mencionar aqui a redução da desagregação do sistema; reforma tributária; investimento maior no atendimento inicial das pessoas; capacitação constante para os profissionais que atuam no sistema; e foco na prevenção, que, diga-se de passagem, é a melhor arma para contermos as tão elevadas estatísticas de doenças, que poderiam ser evitadas com as devidas prevenções.

Aliás, os governantes têm que se atentar que o modelo hoje praticado é um tanto quanto perverso, já que não se leva em consideração a real demanda das regiões e olha-se muito para os aspectos políticos daqueles que têm seus territórios demarcados. Uma forma que contribuiria e muito para atender à efetiva necessidade da população é trabalhar de forma sistêmica, regionalizada e informatizada (prontuário eletrônico do paciente – PEP), obedecendo as linhas da estratégia, tática e operacional. Como costuma-se dizer: “cada macaco no seu galho”.

Uma ferramenta que vem ao encontro das necessidades, para ampliar o atendimento dos usuários, é a telemedicina. Nela, o médico atende o paciente em uma plataforma online, sem a necessidade de um encontro presencial. Com isso, muitos exames podem ser realizados em domicílio e os resultados enviados por meio de ferramentas digitais, otimizando os processos burocráticos e facilitando o atendimento a pessoas com dificuldades de mobilidade.

Enquanto aguardamos a entrada dos novos governantes, otimistas na evolução das políticas à saúde no Brasil, seguimos na missão de contribuir para o fortalecimento do SUS, com ações constantes de prevenção e promoção à saúde, e de auxiliar as pessoas em situação de vulnerabilidade social nas áreas onde atuamos.

Acreditamos na humanização e acolhimento como principal agente transformador, em todos os níveis de atenção à saúde: primária, especializada, urgência e emergência e gestão hospitalar. E nosso desejo é de que, juntos, possamos fazer a diferença na vida de cada pessoa, em meio a tantas adversidades.

*Ademir Medina é CEO do CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”)

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