(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:

COLUNA ESPÍRITA

O homem feliz

Narra antiga lenda que, certa vez, um rei adoeceu gravemente. O tempo transcorria e seu estado de saúde somente ficava mais complicado.

As tentativas médicas não funcionavam. Estavam a ponto de perder a esperança, quando uma velha criada falou:

Eu sei de uma forma para salvar o rei. Se vocês puderem encontrar um homem feliz, tirar-lhe a camisa e vesti-la no rei, ele se recuperará.

Ao obter tal informação, o rei enviou seus mensageiros a todos os cantos do reino à procura de um homem feliz.

Eles cavalgaram sem descanso, por aldeias, por vilarejos e não encontraram um homem feliz. Ninguém estava satisfeito. Todos tinham uma queixa a fazer.

Aquele alfaiate estúpido fez as calças muito curtas! – Ouviram um homem rico dizer.

A comida está péssima. Este cozinheiro não consegue fazer nada direito! Reclamava outro.

O que há de errado com os nossos filhos? Só fazem tolices. Resmungava um pai insatisfeito.

O teto está vazando!

A situação financeira está péssima!

Será que o governo não pode dar um jeito nessa situação?

Essas e outras tantas queixas eram o que os mensageiros do rei ouviam por onde passavam.

Se um homem era rico, não tinha o bastante. Se não era rico, era culpa de alguém.

Se era saudável, havia uma pessoa indesejável em sua vida. Se tinha uma boa família, a gripe o estava infelicitando.

Enfim, naquele reino todos tinham algo do que reclamar.

O rei foi perdendo a esperança de ficar bom. Então, de forma inesperada, numa noite em que seu filho cavalgava pelos campos, ao passar perto de uma cabana, ouviu alguém dizer:

Obrigado, Senhor! Concluí meu trabalho diário e ajudei meu semelhante. Comi meu alimento, e agora posso deitar-me e dormir em paz. O que mais poderia desejar, Senhor?

O príncipe exultou de felicidade. Encontrara, por fim, um homem feliz.

Chamou seus homens e lhes ordenou que fossem à cabana, pagassem ao homem o que quisesse e trouxessem a camisa dele para o rei.

No entanto, quando os enviados entraram na cabana para conseguir a camisa do homem feliz, descobriram que ele era tão pobre, tão pobre, que não tinha nenhuma camisa para vestir.

A maioria de nós tem o hábito de reclamar de tudo e de todos. Se não temos motivos de queixa, ficamos sem assunto.

De um modo geral, deixamos de valorizar detalhes que fazem a nossa felicidade, que nos mantêm a vida, o lar.

Embora saibamos que a felicidade plena não é possível no atual estágio evolutivo da Terra, podemos encontrar muitos motivos de alegria e contentamento.

É preciso que saibamos perceber as bênçãos de todos os dias: o ar, o sol, a chuva, o vento. O termos despertado, nesta manhã, ainda neste mundo abençoado.

Termos um emprego, que nos exige horas de dedicação, mas que nos garante o sustento honesto. A companhia de um cão, que nos surpreende, várias vezes ao dia, com seus latidos e brincadeiras.

A felicidade de sabermos que somos um Espírito imortal, rumo à perfeição. Sabermos que, a pouco e pouco, conquistamos degraus na escalada para o Alto.

Redação do Momento Espírita, com base no cap.
 O rei e a camisa, de O livro das virtudes, v. 2,
de William J. Bennett, ed. Nova Fronteira.

 

Compartilhe: