(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:
Luiz Fernando Schibelbain é gerente de conteúdo no PES English
Luiz Fernando Schibelbain é gerente de conteúdo no PES English

LITERATURA

O livro não está apenas sobre a mesa

*Luiz Fernando Schibelbain

 

The book is on the table, mas muito mais do que isso. Hoje, a língua é uma commodity vital no mundo globalizado. A economia baseada em serviços e informações faz exigências crescentes sobre as habilidades linguísticas dos envolvidos, novas tecnologias e mídias mudam o cenário cultural, a migração produz populações linguisticamente mais diversas em todo o mundo. Esses desenvolvimentos mudam as condições em que línguas são aprendidas e ensinadas.

A globalização e o ensino de línguas devem levar em consideração as questões que esse processo traz para a jornada de aquisição de uma língua adicional. Reunindo várias vertentes no debate da globalização, há muito a ser explorado nos temas que vão da alfabetização ao bilinguismo e da identidade à internet. As escolas que incluem uma jornada bilíngue em seus currículos precisam olhar para bem além da sala de aula.

Aprender cores e contar até dez não pode mais ser o objetivo de uma aula de inglês, por exemplo. Essa aula deve acomodar, também, discussões sobre contextos e habilidades que podem ser explorados na relação entre o aluno, seus pares e os outros, na vida de cada estudante, família e comunidade local e global, da multiculturalidade à transdisciplinaridade.

Língua é o meio primário da interação social humana e a interação é o meio pelo qual as relações sociais são construídas e mantidas. E, embora ainda haja muita interação cotidiana dentro das redes locais, como tem ocorrido ao longo da história humana, bilhões de pessoas em todo o mundo também participam de redes que vão além do local. As novas tecnologias de comunicação permitem que os indivíduos tenham intercâmbios regulares com outros que nunca conhecerão pessoalmente.

A distância, sabemos, não é um problema para essas redes não locais, mas a língua continua sendo uma questão de importância prática. A comunicação global requer não apenas um canal compartilhado (como a internet ou uma videoconferência), mas também um código linguístico compartilhado. Para muitos intercambistas, os códigos relevantes terão sido aprendidos em vez de adquiridos de forma nativa. Em muitos contextos, então, a intensificação das relações sociais mundiais também intensifica a necessidade de membros de redes globais desenvolverem competência em uma ou mais línguas adicionais, ou dominar novas formas de usar idiomas que já conhecem. Ao mesmo tempo, a globalização muda as condições em que ocorre o processo de ensino e aprendizagem de idiomas.

Em escolas brasileiras que ofertam a possibilidade de os alunos conviverem com uma língua adicional ao português, que na imensa maioria é a inglesa, há uma oportunidade gigantesca para explorar dezenas de contextos a partir de cada tema a ser trabalhado no cronograma anual. Além dos tradicionais, muito bem compreendidos pela maioria dos professores, a criação de vínculos com outras áreas do conhecimento, da exposição artística e cultural de outros povos, do pensamento crítico com perguntas norteadoras e da colaboração ao escutar, falar, compreender, argumentar e mediar, construindo pontes entre indivíduos, núcleos sociais, comunidades e panoramas mundiais, são extremamente relevantes e possíveis. Principalmente porque o inglês propicia um infindável acesso para além do livro didático.

O protagonismo do docente de Língua Inglesa, atualmente, não pode ficar somente no áudio e vídeo de um ponto gramatical ou de uma celebração específica oriunda de países anglófonos com alguma canção memorizada, por exemplo. É primordial aproveitar essa oportunidade para fazer a diferença na vida dos alunos porque eles precisam ultrapassar os limites do livro e da carteira, compreendendo o seu papel como cidadãos de um país portadores de ferramentas que ecoem a sua voz para além das fronteiras.

Isso se faz com muita riqueza cultural e linguística, que vai auxiliar a promover ainda mais a compreensão e a análise crítica do que ocorre em outros lugares no planeta onde a vida se organiza de forma diferente. Afinal, há muitas mesas e muitos conteúdos no mundo que são trazidos até nós pelo inglês. Seize this time. The book is not only on this table.

 

Compartilhe: