*Denis Ferrari
Inovação é uma das palavras mais utilizadas nos últimos anos para o sucesso de uma empresa, pois permite a definição clara de objetivos estratégicos, o estabelecimento de metas e a formação de líderes capacitados. No entanto, a gestão tradicional pode limitar a criatividade e dificultar a inovação em horizontes amplos e na melhoria contínua.
Para superar essas limitações é preciso adotar uma abordagem ambidestra. Você já ouviu essa expressão? Empresas que usam esse tipo de estratégia, possuem habilidade de gerenciar o core business e, simultaneamente, criar negócios, serviços e produtos.
Embora seja um desafio, é possível alcançar um equilíbrio entre o desenvolvimento de horizontes de inovação distintos, desde mudanças radicais até melhorias graduais no core business de uma empresa. Nesse modelo, uma parte da equipe se concentra em resultados imediatos, enquanto outra busca novos caminhos para alcançar objetivos estratégicos, explorando diferentes horizontes de inovação.
Tais horizontes incluem a inovação incremental (H1), que visa melhorar processos existentes; a inovação adjacente (H2), que busca criar produtos ou serviços; e a inovação transformacional (H3), que envolve a criação de novos negócios. Um bom exemplo é quando examinamos a linha do tempo das aquisições da Amazon, uma das referências mundiais em inovação, notamos algumas transações que são compreensíveis em termos do desenvolvimento do core business da empresa, enquanto outras são inesperadas.
Você já se perguntou por que a maior aquisição realizada por uma empresa de tecnologia foi uma rede de supermercados focada em produtos orgânicos e naturais? Como a Amazon incorporou a tecnologia da fabricante de campainhas inteligentes, Ring, comprada em 2018, em sua operação?
Para responder a essa pergunta, é importante considerar que a Amazon é uma empresa excepcional em termos de inovação e que muitas outras empresas enfrentam uma realidade diferente. Em vez disso, a questão relevante é: como essas empresas podem alcançar o mesmo nível de excelência em inovação?
Muitas empresas recorrem à Endeavor para melhorar suas estratégias de inovação e aprimorar os processos do core business (H1 e H2), ainda assim, têm dificuldades em enxergar o horizonte 3. Por esse motivo a inovação é o ponto de partida para o sucesso de uma empresa, uma vez que os hábitos dos consumidores estão sempre mudando e a concorrência é cada vez mais acirrada. Empresas que não inovam acabam perdendo espaço para concorrentes que estão sempre buscando novas soluções e para as startups que surgem no mercado.
Para começar a inovar, é necessário buscar apoio para profissionalizar a gestão da empresa e obter conhecimentos necessários para explorar novos horizontes de inovação. É preciso lembrar que ninguém faz nada sozinho, e o trabalho em equipe é fundamental para alcançar o sucesso na inovação.
O que podemos concluir do que acabamos de falar? Que a gestão ambidestra é a base para uma inovação bem-sucedida, pois combina eficiência e criatividade para criar um ambiente de constante inovação. Investir em inovação é fundamental para o sucesso da empresa, e adotar uma abordagem ambidestra é a melhor maneira de alcançar esse objetivo. Pense sobre isso 😉
* Denis Ferrari, é CEO da Azys, primeira aceleradora de inovação independente do Brasil e possui canal de vídeos no Youtube sobre inovação, empreendedorismo, startup