*Marcelo Mendes
Uma condição fundamental para qualquer empresa que queira se manter no mercado é manter um bom planejamento financeiro e competitividade em sua linha. Apurar todas as eventuais oportunidades de redução de custos e aplicar de imediato onde se cabe redução.
O elevado custo de produção nas indústrias é o grande vilão no fechamento das contas e um dos itens que mais encarece a cadeia é a conta de energia. Segundo dados do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (Simpi), em 2022, 7% das pequenas indústrias gastam mais de 20% do faturamento na conta de luz.
Nos últimos 12 meses, o Brasil registrou aumento de um milhão de novas Unidades Consumidoras (UC), saltando de 1,2 milhão para 2,2 milhões, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Ainda, segundo a associação, com 23,9 gigawatts (GW) de capacidade instalada no Brasil, consolidado em janeiro de 2023, a energia solar ultrapassou a energia eólica (atualmente, com 23,8 GW), se tornando a segunda maior fonte de geração do Brasil.
O setor industrial representa 1,7% do perfil dos consumidores que geram a própria energia – com 37.400 unidades consumidoras. A tendência é de que cada vez mais as indústrias venham a aderir esse modelo, promovendo a diminuição de seus custos, elevando a competitividade.
Mas não só competitividade atrelada a custos de produção que permeiam o futuro da energia fotovoltaica. O modelo de consumo de energia limpa entrega, de carona, um carimbo de sustentabilidade, que confere um enorme destaque para o atual mundo corporativo. Consumidores cada dia mais atentos ao que se consome, tentando salvar o planeta, e empresas, querendo mostrar que elas estão inseridas nesse conceito. Uma parceria perfeita entre quem consome, quem vende, e, principalmente, da natureza – quem fornece –, fortalecendo que o papel da energia solar na indústria vai além da eletricidade.