ADÃO RIBEIRO
O presidente Jair Bolsonaro tem políticas claras de desenvolvimento da economia a partir das pessoas. Ele quer que cresçam, como prega o liberalismo. A síntese é do deputado estadual Tião Medeiros, eleito deputado federal com mais de 109 mil votos no pleito de 2 de outubro, com novo mandato a partir de 2023. Ele critica a esquerda pelo que considera prática de política para que haja sempre dependência do Estado, através dos programas sociais, “a vida toda”.
Integrante do Progressistas, alinhado ao presidente Bolsonaro, Medeiros entende que o presidente mostrou que baixar juros dá reflexo econômico. Portanto, continua, eleger Bolsonaro é ter período de prosperidade econômica, o que o mundo olha com bons olhos.
Ainda na linha desenvolvimentista, Medeiros analisa que o Brasil tem deficiência na infraestrutura, na tecnologia e até no agronegócio, com potencial para aperfeiçoamento em todas as áreas. Portanto, avalia, o Brasil é uma terra de oportunidades.
Nessa perspectiva, o poder público, às vezes, acaba atrapalhando. “Liberalismo sem as amarras é o que prega o Governo”, continua.
Um exemplo é a chamada lei da liberdade econômica, do presidente Bolsonaro. Ela prevê que, se a pessoa quer empreender, a Prefeitura tem prazo, caso contrário, o empreendedor já pode começar o seu negócio, independentemente da burocracia.
Tião Medeiros também falou dos diferentes cenários, em caso de vitória de Lula ou de Bolsonaro. Se o atual presidente vencer, Tião será da base, com grande inserção nos programas, para além das emendas parlamentares, entre outras questões nacionais.
Vencendo Lula, acredita, o partido vai fazer reorganização. Não haverá alinhamento em tudo. Mas, eventualmente, em relação ao que for bom para o País, não há motivo para ser contrário. “Espero a reeleição do Bolsonaro. Não por uma figura, mas pelo que representa”, finaliza.
Em qualquer cenário, Medeiros se compromete a trabalhar por Paranavaí e região. Ainda assim, pondera que o alinhamento é fundamental para melhores resultados.
Prefeito KIQ – Para o prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes, KIQ, o voto é também em Bolsonaro. Na sua visão, não é questão de amar o postulante, mas de defender aquilo em que acredita. Mesmo que haja erros, entende que o presidente quer o melhor para o Brasil. E faz uma crítica contundente à oposição: “Do outro lado, uma figura que não me identifico em nada. Ele (Lula) defende bandido, tem feito declarações que tentam criminalizar a polícia e idolatra bandido”.
Provocado, concorda que o “bandido” também faz parte da sociedade, mas tem que ser tratado como tal. Aponta o exemplo de Paranavaí, que tem programa de ressocialização. Adverte que é preciso cuidar principalmente da vítima. “Ideologia que enxergo na esquerda não dá. Tem que cumprir a lei”. Por fim, pede que não haja animosidade e que as pessoas tenham sabedoria para conviver com pensamentos contrários.
Vereador Galvão – Presidente do PL em Paranavaí (partido de Bolsonaro), o vereador José Galvão entende que a gestão Bolsonaro tem argumentos pertinentes. O crescimento da economia e a defesa da família e da religião estão entre os motivos. “O eleitor é inteligente, está preparado. Mostra o que quer com a eleição do Tião e a quase eleição do Leônidas [Fávero Neto, presidente da Câmara de Vereadores de Paranavaí, que pleiteou cadeira para deputado estadual, ficando na primeira suplência]”.
“Vamos construir essa linha de argumentos para pedir o voto. Acredito na vitória do Bolsonaro”, resume, reforçando o alinhamento entre o prefeito KIQ, o deputado Tião Medeiros, o governador Ratinho Junior e o presidente Bolsonaro
Pedro Baraldi – Vice-prefeito de Paranavaí, Pedro Baraldi é presidente do Progressistas, igualmente integrando a base de apoio de Bolsonaro. Ele diz que o momento é de expectativa positiva com a eleição de Tião Medeiros. O grupo vai alinhado com os partidos da base do presidente, “firme no apoio a Bolsonaro”.
As parcerias vão dar frutos positivos para Paranavaí e região. Baraldi cita um exemplo prático para apoiar o presidente: a Educação. Na condição de chefe do Núcleo de Educação antes de ser vice-prefeito, o gestor testemunhou a implantação das chamadas escolas cívico-militares e viu mudanças. Fala do Colégio Silvio Vidal, que há cerca de cinco anos tinha problemas para atrair os jovens. Hoje, comenta, o estabelecimento absorve a região da cidade, tem demanda. “Os pais participam. Se a esquerda ganhar, vai regredir. O respeito dos alunos para com os professores, por exemplo, hoje é outra realidade. Vivenciei antes e agora. Não quero que o anterior volte para a educação. Esse modelo é mais eficiente, tanto para a formação moral quanto intelectual. O professor mais valorizado agora.”
Outra razão é o lado empresarial. O que o Governo fez na pandemia foi de grande valia, compreende. “Quem pagou o afastamento dos trabalhadores foi o governo. Fez com que o empregado não perdesse o trabalho. O microcrédito tirou muita gente da dificuldade. O atendimento ao setor produtivo deve ser mantido. Com Bolsonaro, vai continuar.”
A entrevista completa com as lideranças está disponível no site do DN: (ww.diariodonoroeste.com.br)