*Bruno Zabeu
Vários segmentos da indústria estão conhecendo as vantagens da automatização e da robótica para processos do dia a dia. De acordo com estudo da International Federation of Robotics, no segundo ano de pandemia de coronavírus as instalações de robôs dispararam para um nível recorde de 517.385 unidades, o que representou uma taxa de crescimento de 31% em relação à 2020. Desde 2016, o estoque operacional de robôs industriais aumenta uma média de 14% a cada ano. Sendo o universo tecnológico cada vez mais importante para o mercado, a tendência neste cenário, não pode ser outra, a não ser o crescimento do uso de robôs no mercado industrial, inclusive os colaborativos.
Redução de custos, mais produtividade e flexibilidade e segurança para os colaboradores são algumas das vantagens que empresas têm quando aderem aos cobots. Dessa forma é natural que os negócios queiram obtê-los a partir do momento que entendem como as atividades industriais podem ser otimizadas. Esta compreensão também está crescendo a medida em que as companhias percebem que estão perdendo mercado para os concorrentes que já possuem mais maturidade de automação industrial.
Historicamente, o segmento que sempre mais utilizou a automação foi o automotivo, mas isso está mudando, o que comprova que outros setores estão percebendo como é possível atuar de forma mais inovadora. Segundo estudo da International Federation of Robotics, a indústria eletrônica ultrapassou a automotiva em relação às instalações anuais de robôs em 2020, mantendo essa posição em 2021, instalando 26% de todos os robôs inseridos naquele ano. Desde 2016, a demanda por robôs pela indústria eletrônica tem crescido em média 8% ao ano. E é por isso que hoje é possível ver robôs na produção de eletrodomésticos, máquinas elétricas, painéis solares e computadores, isso sem contar outros setores como saúde, varejo, construção, logística, e muito mais.
Para 2023 é possível apostar que no Brasil haja um crescimento do uso de robôs por indústrias como a de alimentos e bebidas, metalmecânica e claro, a eletrônica. São áreas que fora do País já estão mais avançadas em relação à robótica e o Brasil deve seguir o mesmo caminho. É importante ressaltar que independentemente da indústria, os robôs estarão cada vez mais presentes do começo ao final das linhas de produção e apresentarão avanços em programação.
A Ásia também deve continuar sendo o maior mercado de robôs industriais do mundo no próximo ano. De acordo com estudo da International Federation of Robotics, em 2021 foram instalados 380.911 unidades, o que representa um aumento de 38% em relação à 2020. Atualmente, os cinco principais mercados para robôs industriais são: China, Japão, Estados Unidos, República da Coréia e Alemanha.
Dessa forma, concluo que os robôs terão uma presença maior em diversas indústrias em 2023 no cenário mundial, possibilitando a otimização de vários processos, o que trará maior lucratividade e destaque nos segmentos. Os países e os mercados devem, portanto, ficar de olho neste movimento para que sigam os mesmos passos daqueles que já estão na frente em relação à robótica.