Começando 2023 com expectativas positivas para as vendas no varejo, que nos dois primeiros meses do ano têm projeção de crescimento nominal de 4,7% e 6,4%, o setor deve permanecer apostando em estratégias que se já provaram promissoras. O dado é do Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IAV-IDV).
“Com esperança de que este seja um ano em que a pandemia não mais afetará os negócios, pode se considerar que 2023 será de completa retomada, com novos hábitos de consumo consolidados e um varejo mais flexível para os consumidores”, afirma Juliano Mortari, CEO e fundador da VarejOnline, ERP completo para gestão de lojas próprias, redes de franquias e pontos de venda (PDV).
Com o desdobramento da omnicanalidade, espera-se que os varejistas que ainda não expandiram suas vertentes comecem a fazê-lo, integrando cada vez mais os seus canais físicos e digitais. “Oferecer autonomia aos consumidores, que podem comprar na loja e receber em casa, ou comprar em casa e retirar na loja, o varejo omnichannel veio para ficar, e deve se aprimorar neste ano”, comenta Juliano, que observa a tendência desde 2020.
Outro ponto a se atentar são os comportamentos da geração Z em relação às compras, que a difere de outras gerações, uma vez que leva em consideração a reputação das marcas e o consumo consciente. Outra característica geracional importante é a impaciência dos que nasceram depois de 1995, que pode servir de alerta aos varejistas que ainda não investiram em melhores logísticas nas etapas de pagamento e/ou burocracia de seus sites ou lojas físicas, no intuito de torná-las mais rápidas e coesas.
Em termos de economia de tempo, Juliano observa algumas estratégias que se mostram bem-sucedidas, aplicadas principalmente em lojas de porte médio e grande. “Algumas das tecnologias que já existem e que facilitam as experiências de compra no varejo físico, como caixas de autoatendimento, computadores e tablets disponíveis para agilizar o processo de busca de um produto num tamanho e cor pré-determinados, são boas estratégias já adotadas por algumas marcas e que devem permanecer em ascendência neste ano.”
Não menos importante, uma última observação que o CEO acredita ser um ponto crucial para o varejo em 2023 é o atendimento ao cliente. Quando vem a ser negativo, faz com que 64% das pessoas desistam de realizar compras no espaço físico da loja, segundo estudos da Opinion Box e da plataforma de marketing Dito. “Realizar treinamentos frequentes com colaboradores e atendentes faz diferença na hora que uma marca impacta o seu consumidor, e oferecer uma boa experiência não deve ser subestimado”, finaliza Juliano.