Não precisar mais obedecer aos humanos e viver livremente, sem regras. É o que deseja um grupo de treze cães em A Revolução dos Cachorros, nova aventura infantojuvenil escrita pelo professor e mestre em Literatura Comparada Antonio Sampaio Dória. Mas afinal, não é isso o que os jovens querem também? Liberdade?
Muito mais que uma história divertida, repleta de peripécias caninas, a obra tem o propósito de representar um dos períodos mais intensos e caóticos da vida: a pré-adolescência. Hormônios à flor da pele, crises e busca pela independência permeiam este enredo, carregado de referências aos típicos comportamentos e mudanças sentidas dos 9 aos 12 anos de idade.
Após sofrer uma grande decepção com a dona, a poodle Mimi resolve fugir e se junta com um grupo de cães insatisfeitos com os humanos. Sob a liderança de Capitão, um boxer policial, eles pretendem fazer uma revolução para viverem na floresta.
Nesta aventura, o grupo enfrenta cães silvestres malvados e luta pela sobrevivência. Em meio a tudo isso, ainda precisam lidar com o drama adolescente, o preconceito, más influências e drogas. Unidos e com boas ideias, eles conseguirão garantir a segurança de todos.
— O importante — prossegue Capitão — é que na Revolução todos sejam respeitados. Já fomos muito humilhados pelos humanos, por isso devemos seguir certas regras: todos terão um voto nas questões essenciais. Cachorro ou cadela, todos têm o mesmo peso, independente do seu tamanho. (A Revolução dos Cachorros, p. 20)
A Revolução dos Cachorros manifesta aos pais e filhos a importância da pré-adolescência para a construção da maturidade durante a caminhada para a vida adulta. As ilustrações de Dannilu Rodrigues estimulam a imaginação de quem mergulha no enredo e dão vida às mensagens deixadas pelo autor.