Antes de partir para nossa discussão principal, vale uma breve apresentação sobre os implantes dentários. São suportes ou estruturas de metal (em geral, de titânio) posicionadas no osso maxilar, logo abaixo da gengiva, para substituir as raízes dentárias.
Com eles, o dentista responsável pode montar dentes artificiais estáveis, que não escorregam nem mudam de posição na boca, colaborando com a alimentação, a fala e a autoestima dos pacientes.
Eles são indicados para casos de perda de dentes e quando as próteses e dentaduras comuns causam desconforto e/ou são inviáveis. Para recebê-los, o paciente precisa ter gengivas saudáveis e ossos adequados para sustentá-los. Essas estruturas também exigem comprometimento com a higiene bucal e visitas regulares ao dentista. Mas que sorriso não merece esse cuidado, não é mesmo?
Quais são os principais mitos e verdades sobre implantes dentários?
Agora que você já se familiarizou com os implantes, conheça alguns mitos e verdades sobre esse procedimento!
Mito: “Só idosos fazem implante”
Não! Os implantes são indicados para qualquer pessoa acima de 17 anos — ou seja, após o processo de formação dos ossos da face — que tenha algum problema de saúde bucal ou perdido os dentes.
Mito: “O organismo pode rejeitar o implante”
O organismo só rejeita células estranhas, como ocorre em alguns transplantes. Com os implantes é diferente: geralmente, eles são produzidos a partir de titânio, um material que tem compatibilidade biológica com o tecido ósseo. Contudo, em casos de processo infeccioso ou má qualidade óssea, o implante pode ser perdido. Por isso, conte sempre com o acompanhamento de um profissional ético, que seja transparente com o seu tratamento.
Mito: “Colocar implante dói”
Fique tranquilo(a). Durante o processo de implementação do implante, o paciente não sente dores. Afinal, recebe uma boa anestesia que o permite passar pelo procedimento cirúrgico de maneira mais confortável.
Depois do procedimento, contudo, o paciente pode sentir alguns incômodos naturais de qualquer manipulação dos tecidos. Nesses casos, o dentista indica que o paciente use analgésicos ou anti-inflamatórios nos dias seguintes ao procedimento.
Mito: “Qualquer pessoa pode fazer implantes dentários”
Como dissemos, alguns casos inviabilizam o uso de implante, a exemplo de pessoas que passaram muito tempo com a ausência do dente e que sofreram com a reabsorção óssea. Por isso, é essencial que você conte com a avaliação de um profissional de confiança, que avalie se há espaço entre os dentes, condições de saúde geral e bucal que possibilitem a realização do procedimento, estudando as melhores opções. Para verificar isso, o dentista vai solicitar alguns exames de imagem.
Mito: “Os implantes são feitos com dentes naturais”
Dentes naturais não podem ser usados porque tendem a acumular bactérias e provocar inflamações. Além disso, são mais difíceis de adaptar ao implante.
Os implantes dentários são produzidos com dentes artificiais muito similares aos naturais, com a mesma coloração e textura. Eles se adaptam facilmente aos pinos de titânio e são compatíveis com o organismo.
Mas atenção: embora não se degradem como os dentes naturais, eles precisam ser higienizados corretamente para que não afetem a saúde da gengiva. Nada de aposentar uma boa escova de dentes e os produtos adequados para a sua saúde, ok?
Mito: “É possível continuar fumando”
Os implantes dentários são indicados para muitos fumantes porque o consumo de cigarro pode provocar a perda dos dentes. Mas, nesses casos, a recomendação dos dentistas é clara: após colocar o implante, pare de fumar. Afinal, esse hábito causa muitos danos ao organismo e danifica a estabilização da saúde bucal, dificultando a cicatrização do procedimento. Nada vantajoso, né?
Verdade: “O implante não pode ser realizado com gengivas inflamadas”
Infelizmente, isso é verdade. Para fazer o implante dentário, o paciente precisa ter gengivas saudáveis, de modo que elas consigam cicatrizar bem e receber os pinos de titânio. Além disso, as gengivas inflamadas podem ser sinal de higienização incorreta ou insatisfatória, associadas à presença de bactérias na cavidade oral e outros casos que comprometam o sucesso do implante.
Verdade: “Pacientes com pouco osso podem receber o implante”
Graças aos avanços da ciência, sim! Embora a falta de espessura e condições ósseas adequadas possam dificultar a realização do implante dentário, há uma solução para pessoas que têm pouco osso: o enxerto ósseo, que pode ser feito com material do corpo do próprio paciente ou com material sintético.
Ele tem o objetivo de oferecer uma sustentação melhor a implante dentário, viabilizando a realização de procedimentos mais modernos e eficazes. Mas atenção: é muito importante respeitar o processo de adaptação entre a realização do enxerto e do implante dentário. Com uma estrutura adequada e bem cuidada, o procedimento será bem-sucedido.
Verdade: “É possível fazer o tratamento de implante com agilidade”
Sim, também graças aos avanços da ciência. Há alguns anos, quando uma pessoa perdia o dente, ela ficava cerca de 12 meses aguardando a reparação do alvéolo dental. Depois, o implante era instalado e só depois de 6 meses o paciente faria a prótese. Hoje, a reabilitação já pode ser feita em um período muito menor, de cerca de 3 meses. Ainda bem, né?
Essa é uma boa oportunidade para lembrar que, se o paciente sofrer com queda de dentes e esperar muito tempo para colocar o implante, ele pode passar pelo processo de reabsorção óssea, que prejudica a realização do procedimento. Por isso, caso você ou alguma pessoa querida perder os dentes, considerem a colocação do implante rapidamente.
Verdade: “Diabéticos e cardíacos podem fazer implante”
Pessoas com doenças crônicas podem, sim, fazer o implante dentário, desde que tenham acompanhamento médico e odontológico adequado. Elas precisam ficar atentas ao uso dos medicamentos necessários e aos cuidados diários.
Você acabou de conferir os principais mitos e verdades sobre implantes dentários. São procedimentos seguros, que ajudam a restaurar a saúde bucal e a autoestima dos pacientes. Para fazer, conte com um profissional odontológico de confiança, que seja transparente em seus processos e se comprometa com o bem-estar de cada paciente.
(Enviado pela odontóloga Carla Dalolio)