Osiaste Tertyuliano de Brito, integrante da Academia de Letras e Artes de Paranavaí
E o Rio cresceu
Ficou GRANDE
Imundo ao mundo apareceu
Quando o céu escureceu
A terra sumiu
De norte a SUL
Céu azul infundiu
Águas e águas, bramiu
E os bichos
De todas as raças
Banharam nos lixos
Pereceram em esguichos
E as criaturas
Nadando em mágoas
Só desventuras
Vergonha futura
E os pássaros
Que escaparam
Encheram seus cântaros
Não tocaram pífaros
Teve cachorros
Teve gatos
Carneiros subindo aos morros
Cavalos e burros, socorro
Olhos triste a agoniar
Animais bravos e mansos
Teve gentes a chorar
Um bebê a boiar!
Socorro…
Ouve-se os gritos
Os grunhidos
Os berros tolhidos…
Socorro…
Ouve-se o relinchar
O zumbir
O mugir…
E as árvores choraram
Suas folhas caíram
Seus frutos lograram
Sal e açúcar misturaram
Acabou-se minhas hortas
Minha roça, minha casa
Minhas plantas todas mortas
Comércio e economias absortas
Almas é legião
Na junção das águas
Mágoas é união
Expirou o bastião…
E o Rio ficou GRANDE
Ganhou proporção
O gigante brande
Ao nível RIO GRANDE!
OSIASTE TERTULIANO DE BRITO
24/09/2024
Loanda – Paraná
Comentários 0