Quase sempre os pais desejam que os filhos tenham as mesmas preferências de estilo musical, o time de coração e até mesmo o esporte que pratica. Situação que existe em Paranavaí, onde pai e filha dividem os tatames e a paixão pelo taekwondo.
Marcos Roberto Mello, 44 anos, faixa preta de taekwondo é pai e treinador de Beatriz Chies Mello, 13 de anos, competidora da modalidade. Juntos fazem parte da equipe Takeo Kikuchi de Taekwondo, além de ministrarem aula no projeto social Transbordar.
“É uma mistura de sentimentos. Tem o prazer de ver ela lutando, mas existe o medo de pai de que se machuque”, conta Marcos que também é pai da Heloísa Chies, 11 anos, que chegou a treinar taekwondo por um período, mas não deu sequência.
Pai das jovens, Marcos conta que começou no taekwondo por influência do seu irmão e depois de alguns anos viu a filha gostar do mesmo e dar os primeiros chutes dentro do tatame.
“Me inspirei muito no meu pai. Aos cinco anos eu ia na academia acompanhar ele nos treinos e não via hora de começar também”, diz Beatriz, que recentemente foi campeã Paranaense e se classificou para o Brasileiro da modalidade.
Para ela, o pai ser treinador é ótimo, pois ajuda dentro e fora dos tatames. “Levo para a vida a disciplina, controle emocional e confiança”.
Marcos confidencia que sempre teve o desejo ter filhas, mas quando Beatriz e Heloisa nasceram gerou uma duvida se elas gostariam do taekwondo, modalidade de artes marciais e que não é muito comum as meninas escolherem. Hoje, ele ver a filha no mesmo esporte que tanto gosta é muito gratificante.
Tanto Marcos, quanto Beatriz afirmam que dentro do tatame e fora dele a relação de pai e filha é de muita amizade e amor.
“Meu pai sempre me apoiou muito e sei que posso contar com ele”, diz Beatriz. Marcos conta que de vez é preciso chamar a atenção, mas a relação entre os é de muita amizade.