Rodrigo, Elisângela e Ana Heloísa competem e se divertem nas pistas. Maior legado do esporte é a sensação de conquista construída com dedicação e esforço
Para Rodrigo Hildebrand, 39 anos, Elisângela Cristina Tropaldi, 41 anos, e Ana Heloísa Tropaldi Hildebrand, 10 anos, o motocross vai além da velocidade e adrenalina: é paixão, lazer, união familiar e uma maneira de manter a saúde física e emocional.
A família é de Cianorte e neste final de semana participa da 4ª etapa do Campeonato Paranaense de Motocross, que será realizada no Parque de Exposições de Paranavaí. O Diário do Noroeste entrevistou a família de competidores, que contou bastidores dos campeonatos e a forma que utiliza o esporte como uma forma de sair da rotina.
“A gente está sempre unido, enfrentando juntos as batalhas do dia a dia e celebrando cada conquista. O amor e a fé fortalecem nossa união”, disse Elisângela.

O motocross entrou na vida da família quando Ana Heloísa, que é carinhosamente chamada de Aninha, nem era nascida. Na adolescência, Rodrigo e a esposa frequentavam um motoclube da cidade onde moram e ali nascia o sonho de estar dentro das pistas. Porém, essa vontade se concretizou anos depois, entre 2013 e 2014.
Na sequência, Elisângela também entrou para o esporte e juntos começaram explorando trilhas e velocross, mas sempre com a paixão voltada para o motocross. Em 2015, Rodrigo conquistou seu primeiro título estadual. Enquanto isso, a esposa conciliava as copas regionais com a maternidade da pequena Ana, que desde cedo acompanhava os pais nas competições.
Com apenas 30 dias, a filha Ana já assistia o pai correr; aos três anos, entrou na pista, iniciando sua própria trajetória no motociclismo.
Acelerando em família – E desde então, o motocross se consolidou como uma forma de lazer em família. As competições se transformaram em viagens para conhecer novos lugares, e, mesmo durante os treinos, há espaço para brincar, relaxar e curtir momentos com amigos.
Os competidores ressaltaram que a rotina exige muita disciplina. Os treinos, escola, trabalho e lazer são cuidadosamente equilibrados, e cada preparação física e mental reflete diretamente na saúde e no bem-estar de todos.
Ana concilia os estudos com as corridas e, mesmo em semanas intensas, a família garante momentos de lazer e diversão para a filha, incluindo passeios, ginástica artística e brincadeiras ao ar livre.
Para a família, o apoio mútuo é o essencial dentro e fora das pistas, pois mesmo diante dos desafios e lesões, quando Rodrigo fraturou o fêmur e Elisângela o ombro, desistir nunca foi uma opção.
“Viver é perigoso, mas não vamos deixar de fazer o que amamos. O motocross nos ensina resiliência, coragem e fé em Deus”, afirmam.
Segundo os pilotos, as dificuldades só fortaleceram a carreira de Ana, que hoje se destaca entre os melhores do país, competindo em igualdade com meninos da modalidade.
O maior legado e aprendizado do esporte para eles é a sensação de conquista construída com dedicação e esforço. “A maior alegria é olhar para trás e ver o que construímos, o legado que deixamos e o amor que compartilhamos. O esporte é vida e nos ensina lições para o dia a dia, no trabalho e na vida pessoal.”
Rodrigo, Elisângela e Aninha ainda sonham em conquistar muitos títulos, competir em campeonatos nacionais e internacionais e inspirar outras famílias a vivencia do esporte.
“O esporte ensina disciplina, coragem, resiliência e fortalece a família. Coloque seu filho no esporte e ele nunca desistirá fácil. Tenha fé, persista e viva intensamente”, diz a síntese da mensagem deixada por eles.