(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:

NOVA PESQUISA

Para 83% dos bares e restaurantes, inflação é o maior desafio do setor ao longo de 2022

Nem mesmo a melhora dos índices da pandemia e a flexibilização das regras de combate à Covid-19 por estados e municípios em todo o país têm melhorado de maneira consistente o ambiente de negócios de bares, restaurantes, lanchonetes, café e toda a cadeia do food service. De acordo com a nova pesquisa da série Covid-19, realizada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR), pela consultoria Galunion, especializada no mercado food service, e pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB), o fantasma da inflação voltou a assombrar o setor. 83% acreditam que a inflação representa o maior desafio a ser enfrentado este ano.

A pesquisa foi realizada entre os dias 17 de março e 7 de abril de 2022 com 817 empresas de todo o país e de diversos perfis — de redes a independentes – que representam cerca de 14 mil lojas. A preocupação com os custos está fundamentada nos recentes índices oficiais. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, alcançou 1,62% em março, após alta de 1,01% em fevereiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foi a maior taxa para meses de março desde 1994, antes do Plano Real, e a maior inflação mensal desde janeiro de 2003 (2,25%). Com o resultado, já são 7 meses seguidos com a inflação acima dos dois dígitos. Entre os grupos pesquisados pelo IBGE, alimentos e bebidas foi o de maior impacto no mês passado, com alta de 2,42%, mais que o dobro do segundo colocado, habitação, que subiu 1,15%. A alta é puxada em boa parte pelo reajuste dos combustíveis (6,95% em março e 27,48% nos últimos 12 meses).

“A inflação certamente é o maior desafio do setor para 2022, pois seu impacto é duplo, seja nos custos diretos como aluguel, CVM (Custo de Mercadorias Vendidas) e outros, mas também no passivo das empresas, pois os recentes financiamentos feitos pelo setor na pandemia, como o Pronampe, certamente serão corrigidos com a pressão também sobre os juros”, afirma Fernando Blower, diretor executivo da ANR.

Segundo Blower, a inflação pode até mesmo prejudicar a escalada de recuperação de algumas empresas que já começaram a melhorar o ambiente de negócios, sobretudo com o movimento no fim de 2021 e começo de 2022. De acordo com a pesquisa, de fato houve uma melhora no endividamento. Se na anterior, realizada em novembro, 55% se declaravam endividados, este percentual agora é de 41%, uma queda de 14 pontos percentuais.

Entre os que afirmam estar endividados, 15% devem demorar mais de 3 anos para quitação. 11% disseram que devem levar de 2 a 3 anos para pagar e 23% de 1 a 2 anos. Outro dado que preocupa diz respeito ao faturamento das empresas. 60% afirmaram que faturaram em fevereiro de 2022 igual ou abaixo da receita de fevereiro de 2019, um ano antes da pandemia.

Retomada – A pesquisa quis saber ainda sobre a retomada de consumo por parte dos clientes. Na pesquisa de novembro de 2021, apenas 34% responderam que os consumidores já haviam retomado os hábitos de consumo de antes da pandemia. Agora, esse percentual é de 51%, um aumento de 17 pontos percentuais.

Para Paulo Camargo, presidente do Instituto Foodservice Brasil (IFB), a pesquisa mostra que a quantidade de consumidores que estão retomando os seus hábitos de consumo vem aumentando de forma gradual, o que leva a ter expectativas positivas nesta questão. “Um ponto significativo é a atenção ao food service dentro dos canais digitais e a constante demanda na qualidade das operações de delivery. A pandemia acelerou essa tendência e agora os operadores devem estar mais atentos e se estruturarem para atender esse canal” complementa o executivo.

Segundo Simone Galante, CEO da Galunion e responsável pela pesquisa, é possível verificar que há uma renovação nas operações e cardápios, além da chegada de novos negócios ao mercado, muitos ancorados em marcas digitais e na digitalização do setor. “Sabemos que ainda existe a questão de o consumidor não ter voltado totalmente para os estabelecimentos de forma presencial, mas nos negócios onde as vendas já estão superando índices anteriores, 75% dos top performes que responderam à pesquisa esperam fechar o primeiro trimestre do ano com lucro, com relação ao resultado financeiro da operação. Ainda com base no levantamento, vale destacar a importância que o delivery trouxe para o food service, devido às mudanças de hábitos dos consumidores. Os dados revelam que 89% dos ouvidos operam com delivery, e que 71% consideram este canal lucrativo. Outras ações também englobam as estratégias dos estabelecimentos, visando o aumento das vendas, como lançar produtos com novos sabores e texturas, com 57% das intenções, focar em promoções, ofertas do dia e ações de valor, com 52%, lançar produtos sazonais, frescos ou artesanais, representando 27%, e lançar produtos gostosos e indulgentes, para 26%”, finaliza.

Compartilhe: