A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) publicou neste começo de ano uma portaria reafirmando a proibição da presença de quaisquer espécies de aves em eventos agropecuários, feiras, exposições, agremiações de criadores e atividades afins no Estado do Paraná, como medida preventiva à gripe aviária.
A Portaria nº 018, de 11 de janeiro de 2024, assinada pelo presidente em exercício da Adapar, Manoel Luiz de Azevedo, tem teor semelhante à Portaria nº 053, de 27 de fevereiro de 2023. Àquela época a decisão valia por 90 dias, mas agora terá validade enquanto perdurar o estado de emergência zoossanitária no País.
A emergência foi declarada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária por meio da Portaria MAPA 624, de 6 de novembro de 2023, com validade inicial para 180 dias. Apesar dessa emergência, em 21 de dezembro o Ministério editou a Portaria MAPA n.º 642, que flexibilizou a proibição nacional de presença de aves, deixando a decisão para cada uma das unidades federativas.
O Conselho Nacional de Secretários de Estado da Agricultura (Conseagri) solicitou ao ministro Carlos Fávaro a suspensão da portaria e a continuidade da proibição total em todo o País como medida preventiva contra eventual disseminação da doença. Sem resposta, alguns estados, entre eles o Paraná, estão reafirmando as proibições regionais por meio de portarias.
O objetivo é manter a vigilância integral em todo o território nacional contra a influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1). Desde 15 de maio de 2023, quando foi detectado pela primeira vez no Brasil o vírus da gripe aviária, o Brasil fez 2.593 investigações de suspeitas da doença, com 713 amostras. Foram detectados 151 focos com resultados laboratoriais positivos, nenhum em aviário comercial. Seis estão em investigação.
As informações são da Agência Estadual de Notícias.