Festival reuniu cerca de 1.200 pessoas em três dias de programação que uniram música, literatura e celebração da cena sul-americana do rock
Cibele Chacon
Da Redação
O som das guitarras e a energia do público marcaram o último fim de semana em Paraíso do Norte, que mais uma vez se firmou como palco de um dos festivais culturais mais vibrantes do Noroeste do Paraná. O Paraíso do Rock 2025, realizado entre 16 e 18 de outubro, reuniu um público estimado em 1.200 pessoas ao longo dos três dias de evento, consolidando-se como uma celebração da integração sul-americana por meio da música e da arte.
De acordo com o prefeito Beto Vizzotto, o balanço é extremamente positivo. “Foi uma sensação maravilhosa realizar um festival de integração sul-americana, com muita alegria e casa cheia. Vários estilos musicais se completaram numa grande festa do rock and roll”, comemorou.

Os shows mais esperados — e também os que atraíram maior público — foram os do cantor Otto e da banda Buitres, que encerraram o evento no sábado (18) com performances intensas, reunindo fãs de diferentes gerações. O clima de confraternização tomou conta da cidade, que recebeu visitantes de várias regiões do Paraná e até de outros estados, movimentando a economia local, especialmente os setores de hotelaria e alimentação.
Literatura, música e encontros -A abertura, na quinta-feira (16), foi marcada por um momento de celebração da palavra e da arte. O Paraíso Literário, evento paralelo que integra a programação oficial do festival, trouxe ao palco os escritores e jornalistas Leonardo Vinhas — autor de O Evangelho Segundo Odair e Ira! e a Revolução Psicoacústica — e Jotabê Medeiros, biógrafo de nomes como Belchior e Raul Seixas.
O encontro literário foi um sucesso de público, reunindo dezenas pessoas entre estudantes, professores e visitantes de cidades vizinhas, como Cianorte e Paranavaí. O bate-papo sobre literatura, música e cultura popular foi tão bem recebido que o prefeito anunciou planos para institucionalizar uma feira literária voltada exclusivamente a livros sobre música nas próximas edições.
“A ideia é perenizar esse formato, combinar música e literatura e criar um espaço permanente de diálogo cultural em Paraíso do Norte”, explicou Vizzotto.
Três dias de som e celebração – Na sexta-feira (17), o festival seguiu com uma programação diversificada, mostrando a força da cena independente. Subiram ao palco Guglielmi Blues Band, Felipe e Manoel Cordeiro, Lucho Al Attaque e The Mönic, que entregaram performances vibrantes e empolgaram o público.
O encerramento, no sábado (18), reuniu nomes de peso no cenário nacional e internacional: Búfalos D’Água, Buitres, Otto e Lúcio Maia. O público cantou junto, dançou e celebrou a união de diferentes vertentes do rock — do blues e da psicodelia ao punk e à MPB experimental.
Um festival que vai além da música – O Paraíso do Rock tem se destacado por ir além do entretenimento. O evento é uma vitória da produção cultural regional, com o apoio da prefeitura e de parceiros locais, que apostam na valorização da arte como ferramenta de desenvolvimento e identidade.
Para Beto Vizzotto, o festival é um reflexo do espírito criativo e acolhedor de Paraíso do Norte. “O Paraíso do Rock é sobre encontro, sobre fazer da música um ponto de união entre pessoas e culturas. Cada edição nos mostra que estamos no caminho certo — celebrando a arte, o som e o orgulho de ser daqui.”
Com o sucesso da edição de 2025, o município já começa a projetar novas ideias e parcerias para o próximo ano, com o objetivo de ampliar ainda mais a programação e fortalecer o intercâmbio cultural que tem transformado Paraíso do Norte em um dos polos musicais mais pulsantes do interior paranaense.