REINALDO SILVA
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Os 300 estudantes matriculados na Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho, em Alto Paraná, ficaram em casa ontem. É que o dia foi de paralisação dos profissionais da rede de ensino, uma resposta à ausência de informações sobre o pagamento do piso salarial do magistério. “Queremos chamar a atenção de todos para o problema”, disse a diretora Gislaine Olivatti.
Ela contou que os pais foram informados sobre o protesto. Entenderam e manifestaram apoio aos trabalhadores da educação de Alto Paraná. “Tivemos adesão total em nossa escola e a compreensão da comunidade”, garantiu a diretora.
Pela manhã, as professoras da Chapeuzinho Vermelho se sentaram na frente da escola e conversaram sobre as tentativas de negociar com a Administração Municipal a aplicação do salário-mínimo nacional. Disseram que até agora esperam por uma satisfação, ainda que seja para saber quanto tempo demorará até que recebam o valor definido pela legislação para todo o Brasil.
Para o regime de 40 horas semanais, o salário-base é de R$ 3.845,34, mas a remuneração conferida pela Prefeitura de Alto Paraná é de R$ 3.176,50.
Prefeitura avalia – O prefeito Claudemir Jóia Pereira (Palito) afirmou ao Diário do Noroeste que a equipe de finanças avalia o impacto financeiro do reajuste salarial dos professores sobre a folha de pagamento, inclusive seguindo as recomendações do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR).
O chefe do Executivo também disse que deverá retomar o debate após o período eleitoral, para que não se torne objeto de campanha de qualquer candidato.
Sobre a paralisação de ontem, a representante do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alto Paraná e Região (SSPMAP) Ana Paula Checoni Rodrigues informou que a adesão foi de quase 100% nas 10 instituições de ensino da rede municipal. Apesar do protesto, nenhuma criança foi impedida de entrar nas escolas.
A decisão de suspender as atividades foi tomada durante assembleia geral na semana passada, sendo cumpridas todas as etapas legais. Posteriormente, a categoria voltará a se reunir para avaliar os efeitos da paralisação e discutir a possibilidade de entrar em greve.