No mês do Dezembro Laranja, que lembra a importância da prevenção e diagnóstico do câncer de pele, os paranaenses precisam ficar ainda mais atentos. Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia no Painel Oncologia Brasil, do Ministério da Saúde, mostrou que o Paraná é o segundo estado com mais ocorrências de câncer de pele (fica atrás apenas de São Paulo). Entre 2013 e 2021, foram registrados mais de 27 mil casos no estado.
“O Paraná, assim como outros estados do Sul e Sudeste, são os estados com mais casos de câncer de pele devido, principalmente, a um controle mais rigoroso de estatísticas de diagnóstico, mas também devido ao perfil da população. O tipo de pele mais clara que predomina no Sul está ligado ao maior risco de câncer de pele e fotossensibilidade à luz solar”, afirma Dr. Eurico Cleto Ribeiro de Campos, cirurgião oncológico do Hospital São Vicente Curitiba.
Qualquer pessoa pode ter câncer de pele, mas é mais comum em pessoas de pele mais clara, com olhos e cabelos claros e que dificilmente se bronzeiam. Fatores como imunossupressão, hereditariedade e tabagismo também estão associados ao desenvolvimento da doença, mas a razão mais frequente é a exposição solar crônica sem proteção. “Essa exposição solar, ao danificar a pele, produz, em um prazo de 10 a 30 anos, lesões que podem vir a desenvolver um câncer de pele”, alerta o cirurgião oncológico.
Embora as pintas sejam mais associadas ao câncer de pele, Dr. Eurico Cleto Ribeiro de Campos explica que outros tipos de lesões são mais preocupantes. “As pintas correspondem a 10% a 15% dos casos. Então, ao realizar o autoexame, as pessoas devem procurar especialmente por lesões avermelhadas que sangram, que geram um prurido, que têm crescimento, pois elas correspondem a 80% a 85% dos casos de câncer de pele”, alerta.