Paranaenses iniciam o ano menos endividados e com os pagamentos em dia
Os paranaenses começaram 2025 com as finanças mais equilibradas, refletindo uma melhora significativa nos índices de endividamento e inadimplência. Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), indicam que o volume de endividados no estado caiu em janeiro. Segundo o estudo, 88% das famílias possuíam algum tipo de dívida no início do ano, o menor percentual para o mês de janeiro dos últimos oito anos.
Essa queda no endividamento sugere que os consumidores do estado conseguiram se planejar melhor para as compras de fim de ano, utilizando de forma mais consciente o 13º salário e evitando comprometer excessivamente o orçamento familiar.
Reflexo desse comportamento mais controlado, a inadimplência também apresentou melhora expressiva. Enquanto a média nacional de famílias com contas em atraso foi de 29,1% em janeiro, no Paraná esse percentual foi de apenas 12,3%, o mais baixo da série histórica da pesquisa, iniciada em 2010. O estado agora ocupa a penúltima posição no ranking nacional de inadimplência, ficando atrás apenas da Paraíba.
Outro dado positivo é o número de famílias sem condições de quitar suas dívidas, que também atingiu seu menor nível histórico. Enquanto a média nacional ficou em 12,7%, no Paraná esse percentual foi de apenas 3%.
FAIXA DE RENDA – A redução do endividamento ocorreu em todas as faixas de renda analisadas. Entre as famílias que ganham mais de dez salários mínimos por mês, a parcela de endividados correspondeu a 85,1%. Já entre aquelas com renda inferior a esse patamar, o índice ficou em 88,6%.
TIPO DE DÍVIDA – O principal tipo de dívida dos paranaenses é o cartão de crédito, que teve maior utilização em janeiro, passando de 91,4% em dezembro para 92,1%.
Outros compromissos financeiros a médio e longo prazo dos paranaenses são os financiamentos imobiliário e de veículo, ambos com 5,3%.