Os paranaenses começaram o ano do mesmo jeito que encerraram 2022: endividados. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), o total de famílias endividadas no estado permaneceu em 96,4%, como em dezembro do ano passado, que por sinal, foi o maior nível de endividamento dos últimos 13 anos.
O endividamento está praticamente no mesmo patamar entre os mais ricos e os mais pobres. Os números de janeiro mostram que 96,3% das famílias com rendimento mensal até dez salários mínimos possuíam algum tipo de dívida. Já entre as famílias com renda acima deste patamar, 96,4% estavam endividadas. Entretanto, desde o segundo semestre do ano passado observa-se a acentuação de dívidas entre as famílias de menor renda, que chegaram ao segundo maior pico de endividamento da série histórica em dezembro, percentual que se manteve em janeiro de 2023.
O Paraná começou o ano no topo da lista nacional de endividados. A média brasileira também é a mesma de dezembro, com 78%.
Um ponto positivo foi que em janeiro houve redução na inadimplência dos paranaenses. Enquanto em dezembro 23,8% dos endividados estavam com as dívidas atrasadas, no primeiro mês de 2023, essa parcela caiu para 22,2%. Já as famílias sem condições de quitar seus débitos correspondiam a 8,4% no fim do ano passado e em janeiro eram 7,4%.
Tipo de dívida – A fatura do cartão é o que mais pesa no bolso dos paranaenses e representou 85,1% das dívidas. Em dezembro, o parcelamento no cartão de crédito era ainda mais acentuado, concentrando 88,2% das dívidas.
O financiamento de veículo somou 9,3% das dívidas em janeiro e o financiamento imobiliário, 5,3%.