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FRIO ATÍPICO

Paranavaí bate novos recordes de temperaturas mínimas em novembro

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

Que frio é esse? Por três dias seguidos, Paranavaí bateu recordes de temperaturas mínimas para novembro. A primeira vez foi terça-feira (1º), quando os termômetros registraram 12,5 graus. Na quarta-feira (2), o valor caiu para 11,7 graus. Ontem (3), mais uma redução, com mínima de 10,4 graus. Até então, a menor marca era de 1999, ano em que o município alcançou 12,7 graus, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

Jeito de inverno em plena primavera. A condição atípica para esta época do ano é resultado de uma massa de ar polar que se deslocou em direção ao continente americano e alcançou o Paraná. Para ter uma ideia da força do frio, basta verificar os números apontados pelo Simepar em outros pontos do Estado: no dia 1º de novembro, Palmas teve mínima de 3,5 graus; no dia 2, General Carneiro registrou 0,2 grau; ontem, São Mateus do Sul chegou à mínima de 4,6 graus.

O frio do amanhecer ainda será percebido em Paranavaí nesta sexta-feira (4), pois a previsão do Simepar é de mínima de 12 graus. O tempo esquenta com o passar das horas e o predomínio de sol: os termômetros deverão registrar até 24 graus. Sábado (5) também terá céu claro e temperaturas variando de 13 a 25 graus. No domingo (6), mais um dia sem nuvens, mínima de 14 e máxima de 26 graus.

No campo – O inverno fora de época tem efeitos sobre as produções rurais. “Quando temos temperaturas muito baixas, isso atrasa o desenvolvimento de algumas culturas, por exemplo, soja, milho e mandioca”, explica Heverly Morais, agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR).

A retomada das temperaturas em condições de normalidade deve proporcionar a recuperação das plantações. “Por enquanto não houve grandes prejuízos”, garante a agrometeorologista. Normalmente, problemas mais severos são identificados em razão das geadas, o que não aconteceu.

Mesmo assim, é preciso considerar que os meses de setembro e outubro tiveram chuva acima da média na maior parte do Estado. O grande volume de água, com poucos intervalos de tempo seco, manteve o solo molhado e muitos produtores ainda não conseguiram plantar. Aqueles que se arriscaram podem ter compactado a terra com o uso de máquinas pesadas, também um fator negativo na lavoura. “As plantas precisam de água, sol e calor. Tinha água, mas não tinha sol e calor. Por isso estão crescendo mais lentamente.”

Apesar de as condições do tempo prolongarem o ciclo de plantio e colheita em muitas lavouras, Heverly Morais destaca que ainda não é possível saber se haverá impactos econômicos sobre as atividades no campo.

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