Já são 555 dias desde a confirmação do primeiro caso de Covid-19 em Paranavaí, em 22 de março de 2020. Era um homem de 70 anos de idade que viajou para o Nordeste e fez escala de voo em São Paulo, uma das cidades que, naquele momento, tinham transmissão comunitária do vírus. A primeira morte foi registrada menos de um mês depois, em 14 de abril, uma mulher de 40 anos de idade. Ontem, a Secretaria de Saúde contabilizou o 300º óbito por complicações da doença.
A morte de número 300 se refere a um paciente de 88 anos de idade que estava internado no Hospital Metropolitano de Sarandi. Ele era morador do Asilo Lins de Vasconcelos, onde foi registrado um surto da doença na semana retrasada e pelo menos 34 residentes e oito funcionários contraíram coronavírus. Desse total, 21 pessoas foram encaminhadas para leitos hospitalares e seis morreram.
O momento é de queda no número de casos, internamentos e óbitos por Covid-19, e a tendência é que a situação assim se mantenha. A chefe regional de Vigilância Epidemiológica, Samira Silva, não descarta a possibilidade de haver outros surtos em abrigos, instituições e longa permanência e locais fechados com grande número de pessoas, como aconteceu no asilo de Paranavaí.
A preocupação é com a transmissão de novas variantes do coronavírus, por exemplo, a delta, já identificada em municípios do Noroeste do Paraná, com contágio mais rápido do que a anterior. Ainda não é possível saber, com precisão, que reações as mutações virais provocarão futuramente.
De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Paranavaí tem taxas de mortalidade e letalidade maiores do que a média da Região Noroeste, mas está abaixo dos índices estaduais. (RS)